A Divisão de Fiscalização para a Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae), vinculada à Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), divulgou estudo mostrando que 10,42% dos resgates de trabalhadores em situação de trabalho análogo ao escravo em 2021 estavam relacionados a mulheres. O dado é apresentado nesta terça-feira (8), Dia Internacional da Mulher.
A análise levou em consideração informações das guias de Seguro-Desemprego emitidas pelos Auditores-Fiscais do Trabalho e entregues aos trabalhadores resgatados quando constatados casos de trabalho em condições análogas à escravidão.
De acordo com o perfil das resgatadas, a principal ocupação foi de trabalhadoras volantes na agricultura (36), seguidas por mulheres na cultura do café e na pecuária (32 em ambas).
Os dados das guias de Seguro-Desemprego também revelaram que 30,57% das trabalhadoras resgatadas residiam em Minas Gerais. Outras 19,69% moravam na Bahia. 16,58%, em São Paulo, 8,81%, em Goiás e também 8,81%, no Maranhão.
Quanto ao preenchimento da naturalidade nas guias, os cinco estados mais indicados pelas mulheres foram Minas Gerais (26,94%), Bahia (19,69%), São Paulo (12,44%), Maranhão (10,88%) e Piauí (7,77%).
O perfil também mostra que a maioria dessas mulheres tinha de 30 a 39 anos (25,91%), recebiam até um salário-mínimo (40,93%) e possuíam até o 5º ano do ensino fundamental incompleto (24,87%). Quanto à raça, a maior parte das trabalhadoras (61,66%) se autodeclararam parda, mulata, cabocla, cafuza, mameluca ou mestiça de preto.
Dados
Os dados consolidados das ações concluídas de combate ao trabalho análogo ao escravo estão disponíveis no Radar do Trabalho Escravo da SIT.
Denúncias
Denúncias de trabalho em condições análogas à escravidão podem ser feitas, de forma remota e sigilosa, no Sistema Ipê.
Ministério do Trabalho e Previdência
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