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11/03/2022 às 17:22

Vídeos | Alunos da rede pública de Coqueiral terão aulas suspensas por precariedade das estradas

Conforme a mãe de dois adolescentes, de 13 e 14 anos, que estudam na unidade, seus filhos estão entre os alunos que se locomovem a pé para poder comparecer às aulas

Angélica Callejas

Vídeos | Alunos da rede pública de Coqueiral terão aulas suspensas por precariedade das estradas

Foto: Arquivo Pessoal

Alunos da Escola Municipal e Estadual Marechal Rondon, localizada na vila Roda d’Água, distrito de Coqueiral, em Nobres, terão as aulas suspensas por conta da situação precária da estrada que dá acesso à unidade escolar. O comunicado enviado aos educadores informa que a interrupção se dará entre os dias 14 a 27 de março.

A coordenadora da Escola Marechal Rondon, Helen Akaia, relatou que no período da pandemia a estrada era nivelada sem o assentamento de cascalho, indicado para evitar que os veículos atolem. A manutenção precária do terreno resultou na formação de vários sulcos, que causaram o atolamento de um ônibus escolar nesta semana.



“Sabemos que estamos no período chuvoso, mas  acredito que a prefeitura tinha que  ter realizado o cascalhamento e a manutenção durante o período de estiagem, mas infelizmente isso não ocorreu. Só raspavam a estrada sem material e o resultado está aí para qualquer um ver”, escreveu Helen ao Leiagora.

A coordenadora explica que a escola está numa área afastada da vila, por isso existe a necessidade de um transporte chegar à unidade. Entretanto, esse direito foi negado às crianças, com a alegação de que o Estado não repassou valor referente à esse serviço. “Os alunos enfrentam nesse período chuvoso lama, chuva, sol e perigo com animais. Passam muitos boiadeiros transferindo os animais de um sítio para o outro, troca de pastagem”. 

Contudo, Helen diz que o município recebeu verba durante a pandemia, valor que não foi utilizado por conta do período de isolamento. Diante disso, a educadora questiona para onde será destinado esse dinheiro. “Vai ser devolvido para os cofres públicos ou será utilizado para a melhoria dos transporte?”.

Conforme a mãe de dois adolescentes, de 13 e 14 anos, que estudam na unidade, seus filhos estão entre os alunos que se locomovem a pé para poder comparecer às aulas. 

“Desde que cheguei, em 2014, ouço essa conversa que as crianças da vila não têm direito ao transporte escolar. Tenho dois filhos, uma menina no 8ª ano e um menino no 9ª, e não me conformo com essa justificativa. Junto com outros pais estamos buscando o Ministério Público, pois somos do campo e não tem segurança nenhuma no trajeto até a escola”, desabafou.

A Prefeitura de Nobres foi procurada pelo Leiagora, mas até o momento da publicação desta matéria não houve retorno.
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