O ex-secretário de Estado Nilton Borgato e o lobista Rowles Magalhães continuam presos acusados de integrarem uma organização criminosa que atuava no tráfico internacional de drogas. A prisão preventiva de ambos foi mantida pela Justiça Federal durante audiência de custódia virtual realizada na última quarta-feira (20).
A decisão foi proferida pela juíza Milena Souza de Almeida Pires, da 2ª Vara Federal Criminal da Bahia. Na oportunidade, a defesa de ambos tentou garantir a soltura na argumentação oral. O advogado de Borgato alegou que não existe contemporaneidade na prisão, uma vez que os fatos que culminaram na prisão ocorreram há mais de um ano.
Para ele, isso representa que não há, atualmente, qualquer indício ou elemento que represente que a organização criminosa continue atuando, o que dispensaria a necessidade de prisão.
Já o lobista, que ficou conhecido em Mato Grosso por revelar o esquema do VLT, tentou se livrar alegando que a prisão preventiva foi cumprida de forma irregular. Isso porque, segundo ele, no momento do cumprimento de mandado ele não pode contatar um advogado.
Os argumentos apresentado pelas defesas, contudo, não foram levados em consideração pela magistrada. Para ela, tratam-se de alegações que devem ser colocadas no momento da apreciação do mérito do processo, e não na audiência de custódia.
Borgato e Rowles foram presos pela Polícia Federal na terça-feira (19), durante a Operação Descobrimento, acusados de tráfico internacional de drogas. Borgato encontra-se detido em Cuiabá. Já Rowles, em São Paulo.
Eles são considerados chefes da organização criminosa e eram responsáveis pelo transporte da droga para Portugal.