Doze de maio é o Dia Internacional do Enfermeiro. Atividade essencial na área da saúde, ser enfermeiro é muito mais do que simplesmente administrar medicamentos. É o que defende a enfermeira com 34 anos de carreira, Ieda Maria Pardal Ramires, que atua no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC).
Para a profissional, é preciso se lembrar que "paciente não é só remédio, é preciso saber ouvir para ajudar as pessoas". Apaixonada pelo que faz, Ieda lembra que “foi Deus” que a “empurrou para a enfermagem”. A carreira pela qual se apaixonou fez com que passasse por situações de tristeza, emoção e até terror.
Ela começou a carreira na antiga Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, onde trabalhou por 30 anos. No Pronto-Socorro da Capital, a enfermeira Ieda já está há 26 anos e nas mais de três décadas de trabalho acumulou histórias “que dariam um livro cheio de sangue”, como ela mesmo define.
Apesar de manter a calma durante os atendimentos, a enfermeira Ieda lamenta que muitas pessoas esquecem que “o enfermeiro também é um ser humano, que sente o que está passando com o paciente, que sofre junto”. Tanto que ela tem histórias de pacientes que nunca mais esqueceu, como a de Betânia, uma mãe de um bebê que sofreu um acidente no dia das fotos para a formatura em Letras. Ou do paciente que pedia para que ela rezasse com ele todos os dias, até o momento em que acabou não resistindo e veio a falecer.
“Já atendi todos os tipos de caso, já fui agredida, já tive que sair correndo no Pronto-Socorro porque tinha um homem armado. Mas ainda assim gosto da emergência, gosto de ficar com os pacientes, de ouvir, de ajudar. Eu amo o que faço”, enfatiza a enfermeira.
Órgão representativo
Ieda Ramires, com seus 34 anos de dedicação, é a profissional que o Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren/MT) escolheu para homenagear toda a categoria.
A classe, formada por auxiliares e técnicos de enfermagem e enfermeiros, comemorou, no último dia, a aprovação do PL 2564/2020, o piso da enfermagem, que irá valorizar a carreira para que as novas gerações possam ter um salário decente. “Vai melhorar muito para quem está entrando agora. Fico contente, porque isso vai melhorar a vida de muita gente. Lutei tanto pela nossa profissão, que ver essa conquista é muito bom”, comentou Ieda.
Com assessoria
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