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17/05/2022 às 11:46

​Época das ‘ites’: como cuidar das crianças nesse período do ano

No outono, doenças respiratórias aumentam. Todo mundo está suscetível, mas idosos e crianças são os mais afetados

Leiagora

​Época das ‘ites’: como cuidar das crianças nesse período do ano

Foto: Imagem illustrativa

Estamos na época do ano em que as ‘ites’ respiratórias ocorrem com maior frequência. No período do outono, o tempo fica mais seco, com mudanças rápidas da temperatura durante o dia. Além disso, agentes causadores de alergia, como ácaros, poeira, mofo e fuligens de queimadas são mais comuns nesta época.

Essa combinação de fatores aumenta a incidência de doenças respiratórias, especialmente as gripes, faringites, amigdalites, laringites, sinusites, otites, bronquites, bronquiolites, rinites, pneumonias e resfriados. Todo mundo está suscetível, mas idosos e crianças são os mais afetados pelas ‘ites’.

“Os pequenos acabam sofrendo mais, porque não têm um sistema imunológico tão estabilizado quanto o de um adulto. É muito comum terem diversos episódios de infecções virais nesta época do ano”, afirma a pediatra e coordenadora da linha materno infantil do Hospital Santa Rosa, Paula Bumlai.

A especialista dá dicas de como reduzir a frequência das infecções nas crianças. “De modo geral, as medidas para isso envolvem o controle da transmissão das doenças. Por isso, isolamos a criança doente, recomendamos a higienização das mãos, umidificação do ar e a limpeza das narinas com mais frequência”, recomenda a pediatra. Há ainda outras formas de prevenção, como a lavagem nasal, o uso de inaladores com soro fisiológico e de aparelhos umidificadores de ar. “O que não pode ser feito é o uso de medicamentos sem prescrição do médico”, orienta Paula.

Quando é hora de procurar ajuda médica?

A médica afirma que essa é uma dúvida frequente. “Mesmo com todos os cuidados preventivos, os pais devem ficar atentos a alguns sintomas e procurar um médico imediatamente nos casos de piora do quadro de saúde das crianças. Observem se tem febre acima de 37,8ºC, persistente e por mais de 48h associada a um quadro gripal. E se há dificuldade para respirar, independentemente do tempo de início dos sintomas. Se apresentar sinais de esforço na hora de puxar o ar, costelas afundando, se a criança ficar apática e não comer, é hora de ir pro médico”.

Foi o caso da publicitária Célia Alves, mãe de Ícaro Alves Bernardino, de cinco meses. O filho precisou ficar internado na UTI infantil do Hospital Santa Rosa por conta de uma bronquiolite. “Começou com uma gripe. Os sintomas iniciais eram tosse e febre baixa. Estava fazendo o tratamento em casa, com inalação e lavagem nasal. Porém, após dois dias de sintomas leves, ele começou a ficar muito ‘molinho’, com febre alta e persistente. Foi quando decidimos leva-lo ao PA infantil do Santa Rosa para avaliação. E o diagnóstico do médico foi bronquiolite, com recomendação de internação na UTI para suporte ventilatório”, relata Célia.

No início, Célia ficou apreensiva. Mas o médico do plantão explicou que a internação em bebês com bronquiolite é recomendada por conta da necessidade de um acompanhamento mais próximo do quadro da criança. “Eu perdi um filho recentemente por Covid-19, e aí revivi várias coisas naquele momento, mas entendi que era o melhor a se fazer para a recuperação do Ícaro”.

A bronquiolite assusta porque o sintoma principal é a dificuldade para respirar. No entanto, a pediatra Paula Bumlai explica que ela não é uma doença fatal. “É uma infecção viral, geralmente benigna, que acomete as vias áreas inferiores, os pulmões. Tem entre sete a 20 dias de evolução. E muitos casos precisam de internação para uso de oxigênio complementar, fisioterapia e acompanhamento do estado geral de saúde da criança”, salienta a médica.

O diagnóstico é clínico, realizado pelo médico, e podem ser solicitados exames de imagem, como raio-x, para verificar possíveis complicações: pneumonia ou broncopneumonia. Os vírus causadores da bronquiolite são os mesmos que causam gripes e resfriados: o vírus sincicial respiratório (VSR) e o influenza.

Depois de cinco dias internado, Ícaro evoluiu bem e está em casa. A publicitária elogia o pronto atendimento infantil do Santa Rosa. “Foram assertivos no diagnóstico do meu filho, recebi todos os cuidados de uma equipe especializada e atenciosa. Recomendo às mães a ficarem atentas aos sintomas dos seus filhos. Depois que postei sobre o caso do Ícaro recebi várias mensagens de outras mães, relatando terem passado pelo mesmo caso e com dúvidas”, relata Célia.

O pronto atendimento infantil do Santa Rosa funciona 24 horas, de segunda a segunda. Existe uma equipe médica com pediatras, recepção separada, além de estrutura de internação hospitalar com 13 leitos de UTI e apartamentos em setores específicos do hospital.

Aprenda como prevenir as “ites”

Lavagem nasal com soro fisiológico: tem o objetivo de ajudar na saída de secreção nasal e na boa respiração da criança. Pode ser realizada em todas as idades. Existem alternativas de baixo custo, como a seringa. “Quando o nariz estiver muito entupido, o ideal é a seringa, porque o jato é mais longo e mais forte. O uso de aspiradores nasais também pode ser útil”. A pediatra diz que os sprays nasais e conta-gotas também podem ser usados para a lavagem.

Inalação com soro fisiológico: funciona para hidratar as vias áreas da criança e ajuda a melhorar a tosse irritativa, fluidificar a secreção nasal espessa, e os quadros alérgicos.  O inalador deve cobrir a boca e o nariz.

Umidificadores de ar: aparelhos que ajudam a manter a umidade do ar em um padrão agradável, tornando a respiração mais confortável. No entanto, Paula reforça que é preciso ter alguns cuidados. Caso contrário, o aparelho pode acumular fungos e se tornar mais uma ameaça para a saúde respiratória da criança. Ela lista algumas medidas básicas: lavar com frequência com detergente ou sabão neutro, trocar a água todos os dias, ligar o aparelho de duas a três horas antes de dormir e evitar deixar muito próximo do rosto. Uma bacia com água e toalhas molhadas no quarto também ajudam.

 
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