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Notícias / Agro e Economia

17/05/2022 às 20:02

Indígenas produtores de grãos em MT participam de feira de agronegócio em Brasília

Grupo é conhecido pelo trabalho que alia produção agrícola a preservação de área nativa

Leiagora

Cerca de 40 indígenas da etnia Pareci participam da maior feira agropecuária do Planalto Central, a Agrobrasília. O evento começa nesta terça-feira (17). 

A feira vai expor o que há de melhor e mais inovador no setor agrícola, como máquinas, implementos, biotecnologia, ferramentas para ampliar a agricultura familiar, entre outros.  

De acordo com Adilson Muzuiwane, liderança da etnia, o convite partiu da Fundação Nacional do Índio (Funai) a indígenas de 15 etnias do Brasil que desenvolvem projetos sustentáveis, para divulgar o trabalho já realizado nas áreas indígenas do estado e, nesse caso, os Pareci são referência.

“O nosso principal objetivo ao participar desse evento é mostrar os projetos desenvolvidos em nosso território, levando nossa cultura e trabalho para conhecimento das pessoas e, com isso, buscar linhas de crédito para a manutenção de nossas atividades”, afirma.

O trabalho desenvolvido na localidade é reconhecido por aliar cultivo e preservação. Do total de 1,3 milhão de hectares em terras, os Paresi Haliti ocupam quase 20 mil hectares com atividade agrícola, e todo o resto é preservado. A atividade, além de manter viva a cultura e a tradição do grupo, é uma oportunidade para a geração de emprego e renda. 

Quatro cooperativas atuam conjuntamente nas lavouras, a Coopiparesi, Coopihanama, Coopermatsene e Coopirio. Destas, três têm representantes na Agrobrasília. Juntas, movimentam a economia local a partir do cultivo de grãos pelas etnias Haliti-Paresi, Nambikwara e Manoki. 

"O cooperativismo nas terras indígenas é uma alternativa que tem dado certo, porque une as forças e legaliza a produção para a comercialização", explica a advogada Cássia Souza Lourenço, que faz assessoria jurídica para os indígenas Pareci. 

Aproximadamente 3 mil indígenas são diretamente beneficiados com o trabalho. Com o valor obtido na produção dos grãos, as aldeias têm investido na educação de jovens para que concluam o ensino superior e se capacitem.
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