O período de escassez nem começou oficialmente e já causa preocupação em Mato Grosso. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) divulgou que a umidade relativa do ar poderia cair em até 12% em alguns dias da semana que se passou.
Rodrigo Marques, doutor e professor de climatologia do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), explica que o ar seco se instala no estado após a passagem da frente fria.
“A umidade relativa varia muito na atmosfera. No dia 27 de maio já chegou a 25%. Tudo depende do tempo que fica sem chuva”, declarou ao Leiagora.
De acordo com o especialista, historicamente só 10% da chuva anual no estado cai entre maio e setembro. O restante é registrado entre outubro e abril.
“As frentes frias têm uma importante contribuição nas chuvas da estação seca. Uma umidade relativa tão baixa agora serve de alerta para o poder público de que as condições em agosto e setembro podem ser muito piores. São necessárias ações imediatas de combate às queimadas, para não termos a situação ainda mais agravada”, advertiu.
Queimadas
O governo de Mato Grosso decretou o período proibitivo do fogo entre 1º de julho e 30 de outubro e declarou situação de emergência ambiental entre maio e novembro de 2022 pelo risco de propagação de focos de incêndio em áreas rurais.
A emergência ambiental é o período de estiagem em que a falta de chuva aumenta a ocorrência de incêndios florestais. Durante a emergência ambiental, são permitidas medidas temporárias preventivas, como a contratação de brigadistas temporários pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) para auxiliar no trabalho dos bombeiros militares.