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Notícias / Judiciário

23/06/2022 às 11:42

Ex-secretário de Meio Ambiente vira réu em ações penais oriundas da Operação Polygonum

Os processos foram recebidas pela 7ª Vara Criminal Especializada Contra o Crime Organizado de Cuiabá nesta quinta-feira (23)

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Ex-secretário de Meio Ambiente vira réu em ações penais oriundas da Operação Polygonum

Foto: Reprodução

O ex-secretário estadual de Meio Ambiente André Luis Torres se tornou réu em duas ações penais nas quais ele é acusado de constituição de organização criminosa e falsificação de documento público. A medida é reflexo de denúncias oferecidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Ambiental), relativas à Operação Polygonum.

Os processos foram recebidos pela 7ª Vara Criminal Especializada Contra o Crime Organizado de Cuiabá nesta quinta-feira (23), e o sigilo das ações penais também foi levantado.

Além do ex-secretário, foram denunciados o ex-superintendente de Regulação e Monitoramento Ambiental, Ronnky Chael Braga da Silva, servidor da Sema que ocupava o cargo de coordenador de Recursos Florestais.

Também encontram-se entre os réus Luana Ribeiro Gasparotto, Patrícia Moraes Ferreira, Valdicléia Santos da Luz, Vinícius Henrique Ribeiro, João Felipe Alves de Souza, Joelson de Souza Passos, Deoclides de Campos Lima, Luis Carlos Suzarte, Sidnei Nogueira da Silva e Flaviano Ferreira da Silva.

Também vão responder pelo fato de terem se aproveitado da condição de funcionários públicos para colaborar com interesses criminosos perante a Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

Segundo o Ministério Público, os denunciados concorreram para a destruição de 3.126 hectares de florestas localizadas em Área de Reserva Legal na Amazônia Legal. Os desmatamentos ocorreram no período de março a maio de 2018 em oito propriedades, o que demonstra a continuidade da ação delituosa.

Também pesa contra eles a acusação de terem dificultado a ação fiscalizatória do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Segundo a denúncia, o grupo envidou esforços para que a atuação se desse pela Sema para que, assim, fosse afastada a atividade fiscalizatória do órgão federal. Além disso, concorreram para que documentos falsos fossem apresentados à fiscalização do Ibama.

De acordo com a denúncia do Gaeco Ambiental, documentos anexados aos processos e declarações das vítimas comprovam que os acusados auferiram lucro ilícito de aproximadamente um milhão e quinhentos mil reais. O dano ambiental calculado resultante das ações seria de aproximadamente R$ 143 milhões.

A Operação Polygonum descortinou uma organização criminosa que atuava na gestão florestal em Mato Grosso, tendo apurado delitos que tinham por objeto legalizar desmatamentos criminosos com o uso de meios fraudulentos.
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