O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) ingressou com recurso contra a decisão judicial que negou o pedido de aplicação de multa ao padre Paulo Antônio Muller.
O religioso é acusado de proferir ofensas e manifestações discriminatórias contra a população LGBTQIA+ durante celebração religiosa realizada no município de Tapurah.
No recurso, o MPMT também questiona a exclusão da Diocese de Diamantino do polo passivo da ação.
O padre fez comentários sobre um vídeo que os repórteres da TV Globo Erick Rianelli e Pedro Figueiredo, que são casados, postaram em uma rede social, no Dia dos Namorados, ou seja, um dia antes da missa.
A reportagem não localizou a defesa do padre.
A aplicação da multa, conforme o MPMT, tem caráter essencialmente preventivo.
Para o MP, a relação entre o Padre e a Diocese de Diamantino é mais do que de subordinação, pois o líder religioso ordenado “é para os fiéis a própria personificação da Igreja Católica, no qual, em razão do desempenho de tão importante papel, depositam justas expectativas de retidão moral e santidade”.
O órgão declarou, ainda, que a igreja não pode ser indiferente.
Por fim, o MP pontua que o religioso usou o momento da homilia (sermão) para induzir e incitar os fiéis a fim de que estes também recriminassem a postura dos jornalistas, Erick Rianelli e Pedro Figueiredo, disseminando verdadeiro discurso de ódio que exorbita a liberdade de expressão e religiosa”.
Com assessoria