O deputado estadual Dilmar Dal Bosco (União), líder do governo na Assembleia Legislativa, acredita que o imbróglio envolvendo o presidente Eduardo Botelho (União) não fará com que os parlamentares parem de destinar emendas para o setor cultural.
Para ele, não tem por que haver constrangimento, tendo em vista que as secretarias são responsáveis por auditar e acompanhar todo o processo de pagamento de emendas, desde a apresentação do projeto até o empenho do valor.
“Como que fica se você tem um evento para atender a sociedade? Eu acho que não tem nada de errado colocar recursos para atender a cultura. As secretárias têm tudo auditado. A própria secretaria analisa os processos e procedimentos, tudo é feito relatório, é dinheiro público, a secretaria tem os acompanhamentos”, disse o parlamentar.
Ele ainda frisa que os órgãos da administração estadual têm o poder de barrar, caso entendam necessário. “Claro que tem, a Secretaria tem todo o direito de barrar se entender que não e viável”, enfatizou.
A polêmica envolvendo emendas parlamentares se deu na semana passada quando veio à tona a destinação de R$ 450 mil em emendas do deputado Botelho para realização de um reality show com influencer digitais do Estado. Segundo ele, os deputados têm a função de destinar o recurso, mas não acompanhar o pagamento. “Eu sou legislador”, afirma.
O reality show, em questão, trata de um programa que seria comandando por Jajah Neves e confinaria alguns influencers de Cuiabá, como Dom Wagner, de Poconé, figura polêmica que já foi alvo da polícia, inclusive, e outros nomes. Eles ficariam em uma casa na região de Bomsucesso, em Várzea Grande, e o vencedor recebe R$ 25 mil.