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05/07/2022 às 19:56

Praça Rachid Jaudy pode se transformar em local para venda de ambulantes haitianos

Proposta que teve apoio de ouvintes do Agora na Conti será levado para aval do prefeito Emanuel Pinheiro

Débora Siqueira

Praça Rachid Jaudy pode se transformar em local para venda de ambulantes haitianos

Foto: Diego Nunes/Playagora

O secretário municipal de Ordem Pública, Leovaldo Salles, anunciou os ambulantes haitianos serão remanejados para a Praça Rachid Jaudy, na região central. A proposta ainda precisa ser validada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), mas é um meio termo entre a demanda de alguns comerciantes que se sentem prejudicados com a concorrência dos camelôs nas calçadas e dos ambulantes que não queriam ir para a região do Porto, como proposto pela Prefeitura, em local onde não há fluxo de pessoas.
 
Na Praça Rachid Jaudy fica o Centro de Atendimento ao Turista (CAT), que está abandonado e poderia servir de local para atender os haitianos e alguns africanos que também trabalham no comércio ambulante, que somam quase 120 famílias.
 
“Penso que seja razoável. Vamos levar essa possibilidade ao prefeito na esperança que aquele seja o espaço de acolhimento e um espaço que venha ajudar a prática do comércio ambulante dos estrangeiros. É uma utilidade para o local também numa região central ali com bastante movimento pra essas pessoas. Ajuda todo mundo”, disse durante entrevista ao programa Agora na Conti, na noite desta terça-feira (05).
 
Sobre a retirada dos ambulantes do centro, ele disse que é um problema antigo e havia muitas reclamações dos comerciantes instalados na rua 13 de junho. Contudo, ele não vê excessos dos policiais ou dos fiscais, pois a ambulante haitiana se recusou a obedecer a ordem dos fiscais.
 
“Aí virou, entre aspas, briga de rua. O fiscal querendo colocar a mercadoria que ele tinha apreendido na caminhonete e ela querendo impedir o recolhimento dessa mercadoria, daí a necessidade da intervenção da força policial, que sempre nos acompanha. Eu vejo que não houve excesso, houve sim um confronto absolutamente evitável”.
 
Para Salles, a situação poderia ter sido resolvida com o diálogo sem o enfrentamento. Com isso, pare ele, o cenário transforma o errado em vítima.

“As pessoas já estão fragilizadas, já são vulneráveis e estão em outro país tentando sobreviver. Isso comove, não apenas a sociedade, mas ele incomoda também o poder público. No dia seguinte, eu recebi um casal de na minha sala que eles ajoelharam lá, choraram lá, pediram pelo amor de Deus pra entregar aquela mercadoria, mas por outro lado você tem a gente da legislação. Tem a reclamação daqueles que estão sendo vítimas de uma concorrência predatória e tem os ambulantes”.
 
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