Em Tribunal do Júri realizado nessa quinta-feira (18), o produtor rural Jackson Furlan, de 32 anos, foi condenado a 16 anos de prisão pelo assassinato da engenheira agrônoma Julia Barbosa de Souza, de 28 anos. O crime ocorreu em novembro de 2019, no município de Sorriso. O Ministério Público emitiu parecer pela absolvição do produtor do crime de tentativa de homicídio de Vitor Giglio Brantis Fioravante, o que foi mantido no julgamento. O Júri foi conduzido pela juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano.
Para o cumprimento da pena, em se tratando de crime hediondo, foi estabelecido o regime inicial fechado. Segundo a sentença, Furlan não poderá recorrer em liberdade, "eis que persistem os requisitos e fundamentos que ensejaram o decreto de sua prisão preventiva, agora ainda mais reforçados, eis que condenado pelo Tribunal do Júri".
Sua defesa requereu o não reconhecimento da qualificadora “motivo fútil” na denúncia de homocídio qualificado de Julia, e em relação a outra vítima, apenas realizou a ratificação do pedido do MP.
O Júri entendeu, por unanidade, a materialidade do crime e a autoria do crime imputado ao réu, bem como a manutenção da não absolvição de Furlan e o reconhecimento da qualificadora de motivo fútil.
Consta da decisão que “o acusado é primário, sem anotações em seus antecedentes...mas merecem anotações algumas circunstâncias ainda não consideradas: andar armado mesmo sem registro da arma e/ou porte de arma; estar armado e mesmo assim ingerir grande quantidade de bebida alcoólica; ter praticado o crime mesmo com as oportunidades que teve para deixar de perseguir o veículo da vítima; ter praticado o crime em via pública, com perseguição, inclusive com risco a terceiros; ter levado seu veículo para ser abandonado em local de difícil acesso, ser a vítima mulher de apenas 28 anos, que estava na cidade para tentar se instalar com o namorado, inclusive profissionalmente”.