Servidores estaduais da educação de Mato Grosso se manifestam na manhã desta quarta-feira (28) no Centro Político Administrativo, em Cuiabá, reivindicando pautas como o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), realização de concursos públicos, revisão do piso salarial e melhores condições de trabalho. A manifestação começou por volta das 14h e se estendeu ao longo da tarde, passando pela sede da Secretaria de Estado de Educação e terminando na porta do Palácio Paiaguás.
De acordo com o secretário de finanças do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Orlando Francisco, a manifestação também abarca a questão dos altos índices de taxação da aposentadoria dos professores e servidores da educação aposentados. Para o secretário, a manifestação já é uma greve de um dia, porém isso não impede que a categoria deflagre uma paralisação geral nos próximos meses.
“Nós estamos em estado de greve, que significa que vamos continuar mobilizados e atentos a todas as manobras do governo do estado. A categoria está mobilizada em estado de greve e a qualquer momento poderá paralisar as atividades, ou seja, entrar em greve por tempo indeterminado. Pode ser neste ano, pode ser no dia 1º de janeiro, ou seja, a categoria está mobilizada nesse estado de greve pra essa situação”, diz Orlando Francisco.
Com faixas, bandeiras e gritos contrários à gestão do governador Mauro Mendes (União), o Sintep convocou servidores de Acorizal, Chapada dos Guimarães, Nossa Senhora do Livramento, Cáceres, Mirassol D’Oeste, Tangará da Serra e diversas outras cidades do interior do Mato Grosso.
O presidente do Sintep, Valdeir Pereira, diz os salários dos servidores da educação está bastante defasado, ainda mais considerando a inflação que o país tem enfrentado nos ´últimos tempos.
“Não há como o governo de Mato Grosso dizer que somos os profissionais mais valorizados nesse momento se, você não tem a implementação daquilo que é direito, a Revisão Geral Anual e a implementação do piso”, diz o presidente.
Ele ainda descarta o caráter político partidário da manifestação desta quarta. Para Valdeir, as negociações das pautas da educação vêm acontecendo há muito tempo e o servidor público não pode esperar o período eleitoral passar para se manifestar.
“Se tivéssemos avançados nas nossas negociações com o governo, se tivéssemos respostas, isso aqui nem teria acontecido. Independente do processo eleitoral, o estado de Mato Grosso não para. Quem está hoje no seu dia a dia e que vai no mercado, não consegue comprar a carne, comprar o leite e não consegue ter aquela qualidade de vida de comprar inclusive os seus remédios. O servidor sabe que ele não pode esperar o processo eleitoral. É necessário que a categoria se mobilize e sensibilize porque sendo o governador Mauro Mendes candidato à reeleição ou não, ele é o governador do estado de Mato Grosso e até o último dia do seu governo cabe a ele resolver os problemas que pesa sobre os trabalhadores da educação e suas pautas”, diz Valdeir.
