Mato Grosso registrou nove mortes em decorrência da meningite entre janeiro e setembro de 2022. O número de casos da doença em 2021 foi de 51, neste ano é possível notar um crescimento, já que em apenas nove meses já foram registrados no estado 48 casos, sendo 45,45% a mais que o ano passado no mesmo período, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT).
A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas. As virais e bacterianas são as de maior importância para a saúde pública.
No Brasil, é considerada uma doença endêmica, que é esperada ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. As bacterianas são mais comuns no outono-inverno e as virais na primavera-verão. O sexo masculino é o mais acometido pela doença.
Em 2020, foram registrados oito óbitos em decorrência da doença em Mato Grosso, em 2021 ocorreram 14 óbitos e, até o mês de setembro de 2022, foram registrados nove óbitos por meningite no Estado.
A vacinação é considerada a forma mais eficaz na prevenção da meningite bacteriana, mas a cobertura vacinal vem caindo nos últimos anos. De acordo com o Painel Nacional de Vacinação Contra a Meningite, a cobertura vacinal de rotina do Calendário Básico da Criança está em 53,39% em crianças com idade inferior a um ano.
As vacinas disponíveis no calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização são:
- Vacina meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C.
- Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite.
- Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.
.jpg)
