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03/11/2022 às 11:19

Shein abre a primeira loja da marca no Brasil com compra local

Loja ficará aberta de 12 a 16 de novembro no Shopping Vila Olímpia, em São Paulo, e contará com cerca de 11 mil peças

Do G1

Shein abre a primeira loja da marca no Brasil com compra local

Felipe Feistler, General Manager da Shein no Brasil

Foto: Divulgação

A marca de roupas e acessórios chinesa Shein vai abrir sua primeira loja com compra no local no Brasil, em um momento em que a empresa passou a investir com mais força no público do país. A loja será em formato pop-up – ou seja, temporária – e ficará aberta por cinco dias, de 12 a 16 de novembro no Shopping Vila Olímpia, em São Paulo.

Em março deste ano, a companhia teve uma ação parecida no Rio de Janeiro, quando levou a um shopping da cidade uma loja pop-up que contava apenas com peças de mostruário. Caso gostasse de algo, o consumidor precisaria encomendar o produto pelo aplicativo.

A iniciativa, segundo Felipe Feistler, general manager da Shein no Brasil, é aproximar os consumidores à marca.

O carro-chefe do negócio da Shein é a venda pelo aplicativo, que em 2021 foi um dos mais baixados do mundo. Segundo levantamento do BTG Pactual, somente no Brasil, a empresa vendeu mais de US$ 2 bilhões no ano passado. Também naquele ano, o app foi o mais baixado na indústria da moda no país, com 23,8 milhões de downloads.

No entanto, Feistler considera que a companhia ainda tem um grande mercado para conquistar no país, tanto das pessoas que ainda não conhecem a marca, quanto daquelas que conhecem, mas ainda se sentem inseguras para realizar uma compra pelo aplicativo por não saber sobre qual a qualidade dos produtos.

Com a loja pop-up, então, o executivo afirma que as pessoas poderão conhecer a marca e seus produtos, realizando compras no local - e essa experiência deve gerar uma nova gama de consumidores para as compras por aplicativo.

Modelo de negócios da Shein

O modelo de negócios da Shein é bastante particular. Ela não deixa de ser uma marca de fast fashion - ou seja, de rápido consumo e troca de peças de roupa - mas sua linha de produção é diferente da tradicional.

Feistler explica que, enquanto outras marcas mais antigas no mercado de moda fazem coleções com uma enorme quantidade de peças (geralmente mais de mil unidades de uma única peça) e lançam novidades, em média, a cada dois meses, a Shein lança cerca de 10 mil peças novas a cada mês, porém, com uma quantidade bem menor, entre 100 e 200 unidades.

As roupas e acessórios são lançados no aplicativo e, conforme a demanda pelo produto cresce, a companhia passa a fabricar mais unidades das peças que tiveram grande volume de compras. Novas remessas chegam aos estoques e são disponibilizadas dentro do app e, assim, o ciclo continua.

É quase como um pedido sob demanda, mas com o uso da tecnologia para facilitar e fazer o negócio crescer.
Críticas

Pela grande quantidade de peças lançadas em pouco tempo, a Shein enfrenta críticas de consumidores mais preocupados com o meio ambiente, já que o processo de fabricação de roupas, principalmente em larga escala, gera muitos impactos ambientais.

Por ser uma marca bastante focada nas gerações mais novas - sobretudo a geração Z, dos nascidos entre 1996 e 2010 -, a empresa precisa se atentar às práticas mais sustentáveis. Essas gerações são mais ligadas a causas de sustentabilidade do que pessoas mais velhas e o assunto ganha cada vez mais destaque na mídia e nas redes sociais.

Feistler pontua, em contrapartida, que o modelo de negócios da Shein é o que a torna mais sustentável do que outras marcas do fast fashion tradicional.

“O fato de a produção ser em baixa quantidade para ver qual a adesão dos consumidores e só então produzir mais peças reduz significativamente o desperdício e o descarte de peças que já foram produzidas”, afirma.

Outra polêmica para a marca chinesa são as acusações de que algumas peças são iguais às de empresas concorrentes. Alguns perfis nas redes sociais fazem vídeos mostrando a semelhança de roupas compradas na Shein e em outras marcas.

Sobre isso, Feistler fala que a empresa conta com muitos colaboradores terceirizados que estão a todo tempo mapeando tendências de mercado e desenvolvendo novas peças.

Como a quantidade de pessoas é grande, a forma que a companhia encontrou de monitorar se algum produto pode ser um plágio de outra marca foi implementar ferramentas de análises dentro de seus sistemas, que buscam produtos semelhantes em concorrentes.

“Se, mesmo assim, alguma peça passar pelas ferramentas, assim que a Shein toma conhecimento da semelhança trabalhamos para excluir aquele produto do aplicativo”, diz o executivo.

Planos da marca

Por ser uma empresa focada nas gerações mais jovens, a Shein tem uma veia bastante digital. Com uma busca rápida nas redes sociais, é fácil de encontrar vídeos de pessoas mostrando e experimentando as peças que compraram no aplicativo. E a marca aproveita essa divulgação orgânica, que gera novos clientes.

Em sua loja pop-up em São Paulo, os clientes também poderão encontrar cenários “instagramáveis”, ou seja, propícios para tirar fotos e gravar vídeos.

De acordo com Feistler, as pessoas serão estimuladas a postar seus conteúdos feitos na loja nas redes sociais, com a oportunidade de serem compartilhadas pelas próprias páginas brasileiras da empresa, que já somam 9,7 milhões seguidores entre Instagram e TikTok.

O executivo afirma que serão 11 mil peças disponíveis na loja em São Paulo, com foco na moda urbana - característica da capital paulista - e em produtos de verão. O objetivo da empresa é vender 90% dos estoques, pelo menos.

Em 2022, a Shein investiu no público brasileiro. Foram lançadas coleções em parceria com as cantoras Anitta e Gabi Martins e com a influenciadora digital Emily Garcia. Até o fim do ano e também para 2023, os planos da companhia são expandir a força da marca pelo Brasil e, para isso, novas lojas temporárias passarão por outros estados.
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