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Notícias / Agro e Economia

07/11/2022 às 12:01

Secretária de Meio Ambiente de MT diz que setor teme extremismo na nova gestão Federal

Mauren destacou que uma importante agenda é a retomada do Fundo da Amazônia para Mato Grosso

Katiana Pereira

Secretária de Meio Ambiente de MT diz que setor teme extremismo na nova gestão Federal

Foto: Mayke Toscano.Secom

A secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, avalia que o estado terá um papel muito importante nos próximos quatro anos, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista sinalizou em seu primeiro discurso pós-eleição que pretende recuperar o protagonismo na agenda do clima e a imagem do Brasil no cenário internacional.

Uma das preocupações da secretária é sobre o extremismo nas questões ambientais, como o desmatamento zero na Amazônia Legal, tanto de forma legal, e obviamente na ilegal.

“Não dá para fazer agenda ambiental na Amazônia Legal que esqueça as pessoas que estão na Amazônia, isso inclui todos nós do estado de Mato Grosso. Ninguem quer desmatamento ilegal na Amazônia, mas dizer que nós vamos aceitar que não sejam cumpridas as leis brasileiras, o código florestal, isso é algo que nos preocupa. Esse extremismo na agenda”, ressaltou a secretária. 

Contribuição Nacionalmente Determinada (CND) pelo Brasil é conseguir reduzir as emissões de gás carbônico em 37% em relação às emissões de 2005. A data limite para isso é 2025, com indicativo de reduzir 43% das emissões até 2030.

Conforme sinalizado ao longo da campanha do segundo turno, espera-se que o tema da sustentabilidade seja tratado de forma mais transversal, com integração entre os diversos ministérios e a provável criação de uma secretaria de emergência climática para organizar esses esforços.

“Nós temos uma preocupação com alguns avanços que foram realizados retrocedam. Uma preocupação especial com a conciliação ambiental, que é um instrumento não só ambiental, mas que é utilizado em diversos outros procedimentos, tanto administrativos, quanto judiciais. Nossa preocupação é que a situação política prejudique aquilo que é importante para uma agenda consistente de desenvolvimento sustentável. Não é nem afrouxamento, mas nem o rigor que tem feito a bioeconomia e o crescimento que tem sido feito”, disse. 

Mauren disse ainda que o Fórum de Estados da Amazônia Legal está elaborando uma carta para ser entregue ao presidente eleito na COP 27. “Já aprovamos a  elaboração de uma carta para apresentar ao presidente eleito e ao grupo de transição, com os temas que estamos trabalhando nos últimos quatro, aquilo que mais importa, aquilo que de fato precisa ser prioritário na questão ambiental no país”, sustentou. 

A gestora pontuou que existem pontos prioritários a serem resolvidos, como a retomada dos estados na participação dos Fóruns e debates. “Teve a exclusão dos estados em conselhos importantes que discutem a agenda ambiental, no âmbito do Conselho Nacional do Meio Ambiente, no conselho que discute carbono também, e conselho da Amazônia”, disse. 

Mauren destacou que uma importante agenda é a retomada do Fundo da Amazônia para Mato Grosso, que já estava com projeto aprovado de mais de 35 milhões,  assim como o licenciamento ambiental e a efetiva retomada do Conama. Nesta semana, a Noruega, maior doadora do Fundo Amazônia, anunciou a intenção de desbloquear verbas destinadas a conter o desmatamento. 
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