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22/11/2022 às 09:00

Vídeo | 'O sonho dela foi tirado', diz avó de menina envenenada pela madrasta

Mirella Poliana Chuê completaria 15 anos de idade nesta terça-feira (22)

Gabriella Arantes

Vídeo | 'O sonho dela foi tirado', diz avó de menina envenenada pela madrasta

Foto: Playagora

Quase toda garota sonha em ter uma festa de debutante, e o sonho da Mirella Poliana Chuê de Oliveira, não era diferente. Nesta terça-feira (22), se estivesse viva, a menina completaria 15 anos de idade.

Conforme a avó de Mirella, Claudina Chuê, o aniversário estava nos planos da família e a menina estava ansiosa com a festa que teria. “A gente se sente destruído, já tínhamos feito, conversado, planejando para os 15 anos dela, até que ela disse: “quem vai dançar comigo é o meu avô”.

Mirella sonhava em ter uma festa parecida com a da mãe, que faleceu após o seu nascimento. “Ela estava toda de branco, coisa mais linda, nós temos fotos. O sonho da Mirella foi tirado, tudo o que era de bom foi tirado”, relata a avó em entrevista ao Leiagora.

Emocionada, Claudina contou que a dor da revolta e da saudade ainda é grande. “Destruíram a nossa família, a gente não é mais a mesma coisa, tudo na nossa vida mudou, a gente vive porque temos que viver”. 

A criança morreu com 11 de idade, em 13 de julho de 2019, às 15h17, após sucessivas internações de causas até então não diagnosticadas. A investigação policial, no entanto, apontou que ela estava sendo envenenada em pequenas doses diárias há dois meses pela própria madrasta. Jaira Goncalves de Arruda Oliveira foi condenada a 26 anos de prisão e a motivação do crime seria o valor recebido pela menina a título de indenização pela morte da mãe.

A equipe do Leiagora também produziu um material audiovisual com os relatos da avó da Mirella, confira: 
 


Entenda o caso

Mirella nasceu no início da madrugada do dia 22 de novembro de 2007 e poucas horas depois Poliane começou a sentir fortes dores e pediu que uma enfermeira fosse chamada. A profissional veio e disse que tudo estava normal. O médico só voltaria pela manhã.

Às 9h da manhã, Poliane teve uma hemorragia. Depois, sofreu duas paradas cardíacas e foi encaminhada para a Unidade Terapia Intensiva (UTI). Às 10h40, morreu.

A condenação do hospital saiu em 2013, cinco anos depois. A juíza Amini Haddad Campos determinou que o Hospital Santa Helena efetuasse o pagamento de R$ 100 mil pelos por danos morais causados a Mirella, R$ 50 mil a Claudina também por danos morais, além de uma pensão de um salário mínimo vigente na época dos fatos (R$ 678) até que ela completasse 18 anos.

O hospital recorreu seis vezes. Uma à própria juíza, duas vezes no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, uma vez no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e duas no Supremo Tribunal Federal (STF). Assim, o processo só retornou ao TJMT em julho de 2018.

Pelo acordo entabulado, o hospital pagou pouco mais de R$ 606 mil, dos quais 30% ficaram com a advogada da família Chue (R$ 182 mil), R$ 102 mil à Claudina e o restante depositado na conta da criança para que ela retirasse quando completasse 24 anos.
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