O senador Jayme Campos (União) defendeu que a votação do Projeto de Lei (PL) 1.459/2022, que modifica as regras de aprovação e comercialização de agrotóxicos, é uma oportunidade para pôr fim aos 'cartéis' que comandam o setor no país.
Na terça-feira (29), após muito debate e divergências, o presidente da Comissão de Agricultura (CRA), Acir Gurgacz (PDT-RO), adiou a votação. O relator, pontuou que, atualmente, cinco ou seis organizações internacionais comandam a venda de todos os pesticidas no Brasil.
“Não posso concordar quando alguns senadores condenam veemente a possibilidade de uso. Acir Gurgacz foi muito feliz, quando colocou aqui que temos de quebrar os cartéis no Brasil. Hoje são cinco ou seis empresas que são detentoras de todo o mercado. Aqui abrimos a possibilidade de usarmos produtos melhores do que estão sendo usados, como também melhorar a nossa competitividade, reduzindo os custos. Hoje o que mata a operação é o agrotóxico, em maioria absoluta importado”, disse Jayme Campos.
Da mesma forma, como produtor rural, o senador Carlos Fávaro (PSB) afirmou que não quer usar em sua propriedade produtos antigos, retrógrados, mas sim pesticidas que não contaminem o meio ambiente e prejudiquem a saúde humana
Relator da matéria, o senador Gurgacz afirmou que a principal proposta do projeto é dar mais agilidade ao processo de análise dos produtos, com redução do tempo, sim, mas com aumento de avaliação técnica.
Discussão de 23 anos
Para adiar a votação, o relator atendeu a um apelo foi feito pela Coordenadora da Frente Ambientalista do Senado Federal, senadora Eliziane Gama (Cidadania–MA), que argumentou que o tema é bastante polêmico e está em tramitação há 23 anos no Congresso, por isso a necessidade de debate com o novo governo federal.
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