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Notícias / Judiciário

21/01/2023 às 09:13

Filho de deputado tem antecedente por violência doméstica e juíza descarta 'neuropatia diabética'

Em 2016, Carlos Alberto já havia sido denunciado por outra mulher que chegou pedir medida protetiva contra o acusado

Kamila Arruda

Filho de deputado tem antecedente por violência doméstica e juíza descarta 'neuropatia diabética'

Foto: Reprodução

Em decisão que converteu para preventiva a prisão do empresário Carlos Alberto Bezerra, a juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, da 1ª Vara de Violência Doméstica contra a Mulher de Familiar, desqualificou os argumentos apresentados pelo suspeito no momento da prisão em flagrante.

O filho do deputado federal Carlos Bezerra (MDB), que matou a ex-companheira e seu namorado a tiros na última quarta-feira (18), alegou que cometeu o crime por "descompensa emocional" em decorrência de uma neuropatia diabética.

“Rui por completo a frágil e estapafúrdia justificativa do custodiado acerca dos motivos que o teriam levado ao cometimento do crime ao aduzir que estaria acometido por “neuropatia diabética” que haveria lhe “descompensado emocionalmente”, disse a magistrada.

Isso porque, segundo ela, o “descompasso emocional” do suspeito é muito anterior ao crime, “e tem outras origens que não a doença diabetes”. A magistrada destaca ainda que a neuropatia diabética não tem como sintoma a agressividade, o descontrole e nem a violência capaz de levar a prática de um feminicídio e um homicídio qualificado.

"Tendo, prima facie e salvo melhor juízo, como sintomas tão somente a afetação dos nervos periféricos das extremidades do corpo (mãos e pés), não possuindo qualquer afetação neurológica capaz de alterar o comportamento do custodiado”, completou.

Por fim, ela ainda cita que Bezerra, anteriormente, já havia demonstrado a conduta de ameaçar mulheres com as quais havia se envolvido emocionalmente.

“Conforme a certidão de antecedentes criminais e cópia de inquérito policial e medidas protetivas pleiteada por outra vítima em desfavor do custodiado ainda em 2016 (documentos anexos), mostrando o agravamento de sua conduta”, finalizou.
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