O grupo de vereadores da oposição vai solicitar uma reunião com o novo procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Deosdete Cruz Júnior, para apresentar o documento com 1500 páginas de denúncias em diversas áreas na administração da Prefeitura de Cuiabá, principalmente na Saúde, que embasaram o pedido para criação de uma comissão processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
A informação é do vereador Dilemário Alencar (Podemos), autor do pedido para criação da comissão processante que acabou arquivado após 14 vereadores voltarem contra a iniciativa. Segundo ele, a oposição irá se aliar ao Ministério Público e buscar formas jurídicas de afastar Emanuel Pinheiro do comando de Cuiabá.
“Semana que vem vamos pedir reunião com o procurador-geral de Justiça do Ministério Público, entregar essa denúncia de mais de 1500 páginas de provas robustas e solicitar ao Ministério Público para abrir procedimento que eles acharem conveniente. Nós vamos se aliar ao Ministério Público até a gente tirar o prefeito Emanuel Pinheiro da Prefeitura de Cuiabá”, afirmou Dilemário, na manhã desta quinta-feira (9).
Além disso, o vereador garantiu que irá reapresentar o pedido de abertura de uma comissão processante contra Emanuel Pinheiro na expectativa de opinião pública mudar o posicionamento de quem votou contrário a criação do dispositivo, o qual pode culminar com um impeachment do prefeito.
“E hoje foi preso um ex-secretário do prefeito Emanuel Pinheiro, nem isso sensibilizou 14 vereadores. [...] Vou dizer para vocês, vamos apresentar outra comissão processante, até que esses vereadores caiam na real, botem a mão na consciência e votem a favor do povo. Emanuel Pinheiro não pode continuar administrando a nossa cidade. Ele é useiro e vezeiro em desrespeitar decisões judiciais, acordos com o Ministério Público. Ele é reincidente”, afirmou Dilemário.
Ele se referiu a Operação Hypnos, que culminou na prisão do ex-secretário de Saúde de Cuiabá Célio Rodrigues, por suspeitas de desvio nos recursos enviados à Prefeitura de Cuiabá para ações no combate à covid-19. O mesmo ex-secretário também já foi preso pela Polícia Federal em investigação por supostos desvios de aproximadamente R$ 100 milhões em recursos da saúde quando era gestor da Empresa Cuiabana de Saúde.
