O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva, admitiu terem ocorrido “compras atípicas” de medicamento durante a pandemia, enquanto ele estava à frente da pasta. A declaração foi feita durante audiência de custódia realizada na quinta-feira (9), na qual o juiz João Bosco Soares da Silvia, do Núcleo de Inquérito Policial (Nipo), manteve a prisão do ex-secretário.
Célio foi preso na quinta-feira (9) na Operação Hypnos, que apura a suposta existência de um esquema de corrupção instalado na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP) no ano de 2021. No mesmo dia, o ex-secretário passou por audiência de custódia e teve a prisão mantida.
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Na ocasião, o magistrado oferta a Célio a oportunidade de dar a versão dele sobre os fatos e o seguinte relato segue:
“Excelência, eu era diretor do hospital. As compras não eram feitas por mim. Tem um setor que fazia compra, tem um setor que recebia, e um setor que traria o processo pronto para realizar os pagamentos. Então assim, nenhum administrador tem autonomia do início da compra até o fim do pagamento. Tenho certeza absoluta que foi comprado corretamente, que foram entregues os medicamentos, especialmente naquele momento que era bem conturbado da pandemia. As compras realmente foram um pouco atípicas porque realmente não existia medicamentos para serem comprados. Então não estava se escolhendo muito para se comprar porque comprava o que tinha”, conta.
O vídeo com trecho do depoimento foi divulgado pelo repórter Luis Vinicius, do Gazeta Digital.
Na sequência, Célio cita que a compra do remédio Midazolan, usado durante a entubação de um paciente, foi adquirido de diversas fontes. “Então foram compras que realmente... eu não me lembro realmente da compra porque foram muitas compras, mas eu sei que fizemos compras de Midazolan, sim, fizemos compras de vários outros itens. Mas como eu digo para o senhor, eu não tenho domínio sobre o início do processo ao final do processo, o processo chega para mim praticamente pronto”.
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