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Notícias / Política

16/04/2023 às 09:00

Queremos ser protagonistas da nossa própria história, afirma cacique Jaime Rikbaktsa

Ele é um dos integrantes do acampamento que está montado no canteiro central da Avenida do CPA, em Cuiabá, desde o início da semana

Da Redação - Eduarda Fernandes / Reportagem Local - Jardel P. Arruda

Queremos ser protagonistas da nossa própria história, afirma cacique Jaime Rikbaktsa

Rikbaktsa em apresentação

Foto: Jardel P. Arruda / Leiagora

Cacique da etnia Rikbaktsa, Jaime Rikbaktsa quer fazer do Acampamento Terra Livre uma oportunidade para dar mais visibilidade às reinvindicações dos povos originários. Ele é um dos integrantes do acampamento que está montado no canteiro central da Avenida do CPA, em Cuiabá, desde o início da semana.

“Quando falam em cortes dos nossos direitos, nós temos que ser ouvidos, temos que ser consultados. Não é simplesmente tirar uma coisa e dizer ‘nós que vamos responder’. Agora nós queremos ser protagonistas da nossa própria história”, declarou em entrevista ao Leiagora na manhã dessa quinta-feira (13).

Ao contrário de outras lideranças, que têm cobrado de forma mais incisiva por respostas objetivas do governo do Estado, ele avalia que já é possível falar em avanços nessa tratativa. 

Rikbaktsa explica que algumas questões que afetam os territórios indígenas podem, sim, serem resolvidas em nível estadual. E cita como exemplo a educação, a saúde e alguns licenciamentos ambientais. “Então, nada mais [natural] que a gente cobrar essas autoridades, porque é de competência deles também”.

Ele cita, dentre os avanços conquistados, a realização de uma audiência pública, dentro do acampamento, que tratou sobre educação. Além disso, destaca que os indígenas têm conseguido estabelecer diálogo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). 

“Estamos aqui para ter essa visibilidade, dizer que, para acontecer alguma coisa em nosso território, nós queremos ser consultados”.

O cacique mencionou também sobre o Projeto de Lei Complementar 17/2023, de autoria do Executivo estadual, que tramita no Parlamento mato-grossense, que reduz a participação popular – e do movimento indígena – no Conselho Estadual de Educação. Segundo a liderança, o governo recuou na redução de uma vaga no Conselho destinada a representante indígena.

“Sucessivamente, as outras coisas, a gente vai avançando devagar, sabemos que temos muito o que fazer ainda”.
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