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Notícias / Judiciário

12/05/2023 às 09:09

Mato-grossense responsável por implantar bomba em aeroporto de Brasília é condenado a 5 anos

Além dele, outro comparsa também foi condenado a 9 anos e teria sido o responsável por armar o artefato explosivo

Alline Marques

Mato-grossense responsável por implantar bomba em aeroporto de Brasília é condenado a 5 anos

Foto: PJC-DF

O mato-grossense Alan Diego dos Santos Rodrigues e o comparsa dele George Washington Oliveira Souza foram condenados, nessa quinta-feira (11), pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal pela tentativa de atentado. A decisão é do juiz Osvaldo Tovani, da 8.ª Vara Criminal de Brasília, que destacou que o crime foi premeditado.

Ambos foram responsáveis por implantar uma bomba no aeroporto de Brasília em 24 de dezembro do ano passado. George Washington pegou nove anos e quatro meses de prisão e Alan Diego foi sentenciado a cinco anos e quatro meses, ambos em regime inicial fechado. Eles já estavam presos preventivamente e não vão poder aguardar os recursos em liberdade.

Alan era morador de Comodoro, onde acabou se entregando para a polícia em janeiro deste ano. De acordo com a denúncia do Ministério Púlico, os 
acusados se conheceram no acampamento montado em frente ao QG do Exército, em Brasília, onde permaneceram por longo período. A investigação aponta que as emulsões explosivas vieram do Pará, a pedido de George, que também teria sido o responsável por montar a bomba.

A condenação é pelos crime de expor a perigo a vida, a integridade física e o patrimônio de outro, causar incêndio em combustível ou inflamável e ainda porte ilegal de arma de fogo e artefato explosivo ou incendiário. Neste último, apenas George recebeu condenação e por isso sua pena é maior que a de Alan.  (apenas George Washington).

De acordo com a sentença, Alan “se encarregou de tarefa importante (colocação do artefato no local escolhido)”. Além disso, o magistrado aponta também que houve a tentativa de detonação, não concretizada por erro de montagem, o que demonstra que a motivação era, conforme relato por George: “dar início ao caos”. 

“O fato de ter sido colocado nas imediações do Aeroporto Internacional de Brasília não pode ser ignorado, até porque, a julgar pelas ligações que fez para o CBMDF e PMDF, fazendo menção ao aeroporto, e a notícia de que o plano era colocar uma bomba verdadeira no estacionamento do aeroporto e algumas bombas falsas na área de embarque, pode-se afirmar que o local foi previamente escolhido, conforme demonstram, inclusive, os vídeos do veículo passando várias vezes na região até se aproximar do caminhão-tanque. Evidente que a colocação de bomba nas proximidades de aeroporto potencializa o perigo. Felizmente, não houve consequências”, relatou o magistrado. 

Apesar das qualificadoras do crime, Alan ainda contou com atenuantes como ser primário e não possuir antecedente criminal, além de ter confessado. 

O juiz também os condenou, ainda, ao pagamento das custas processuais e manteve os acusados presos considerando a periculosidade do caso. “Não há fato novo que justifique a revogação do decreto prisional. As circunstâncias dos fatos indicam periculosidade concreta, presente, ainda, a necessidade de preservar a ordem pública, mantenho a prisão preventiva de ambos os acusados”.

Um terceiro envolvido identificado como Wellington Macedo de Souza não foi julgado pelo juiz  porque o processo foi desmembrado.
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