Constituída de pequenos produtores rurais, comunidades tradicionais, assentados da reforma agrária e outros, a agricultura familiar é a principal responsável pela produção dos alimentos que são disponibilizados para o consumo da população brasileira.
Em Mato Grosso, o setor se destaca pela produção de milho, mandioca, pecuária leiteira, gado de corte, cana, suínos, aves, frutas e hortaliças. E, pela primeira vez em Mato Grosso, essa população será atendida pelo projeto de lei do Programa de Incentivo ao Melhoramento Genético do Rebanho Bovino, de leite e de corte.
De autoria do deputado estadual Francis Maris Cruz (PSDB), o projeto de lei nº 1156/2023 foi aprovado em segunda votação pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) na última quarta-feira (10), e visa melhorar a qualidade da carne com a padronização da genética racial; intensificar a produção leiteira e, consequentemente, elevar a capacidade de produção de indústrias e laticínios, fomentando todo o comércio da cadeia produtiva da agricultura Familiar em Mato Grosso.
O PL aguarda sanção do governador Mauro Mendes.
O deputado explicou que o programa será desenvolvido pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (SEAF), com a cooperação de diversos órgãos e instituições municipais e estaduais, que oferecerão gratuitamente suporte técnico, de veterinários, zootecnistas e centrais de inseminação.
Para alcançar o objetivo, serão adotadas ferramentas de doação de sêmen bovino, fertilização in vitro e transferência de embriões, associadas às estratégias de melhoramento das pastagens.
“Atualmente, no Estado, as vacas estão produzindo em média três litros de leite por dia. É preciso produzir pelo menos 15 litros diariamente para que o produtor tenha lucro. Para tanto, deverá haver melhoramento das pastagens para tratar esses animais e um técnico do sindicato rural ou da prefeitura pode dar esse suporte. Na parte do gado de corte, a inseminação de sêmen com genética superior ou prenhezes com a transferência de embriões produzirão bezerros melhores por gerações", explica o deputado. “A lei aprovada visa essencialmente apoiar os sitiantes, assentados e pequenos produtores. O grande produtor não precisa disso, ele já faz a Inseminação Artificial em Tempo Fixo”, esclarece.
Rede de apoio
Para implementar, é necessária a atuação da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (SEAF), das prefeituras municipais, dos sindicatos rurais, da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), da Federação da Agricultura e Pecuária de MT (Famato), do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Mato Grosso.
Assessoria
