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Notícias / Polícia

16/05/2023 às 07:36

Fotos e vídeos | Agentes políticos e empresários são alvos de operação que combate extração ilegal de madeira em MT

A PJC cumpre 22 mandados de busca e apreensão em quatro municípios do Norte de MT e as madeireiras também tiveram os bens bloqueados e as atividades suspensas

Alline Marques

Uma organização criminosa que atua na extração e desmatamento ilegal de madeira, na região norte do estado entrou na mira da Polícia Civil de Mato Grosso nesta terça-feira (16). Entre os envolvidos estão agentes políticos, madeireiros, empresas transportadoras, pessoas físicas e jurídicas, que vinham se beneficiando com o comércio das madeiras retiradas ilegalmente da Estação do Rio Ronuro.

De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil, os proprietários das madeireiras são agentes políticos e empresários locais, que utilizam terceiros como "laranjas" para mascarar o comércio irregular da matéria-prima, burlar a administração pública ambiental e fiscal, praticando o crime ambiental e a sonegação de impostos, além do prejuízo ao meio ambiente e social.

O cumprimento das ordens judiciais contam com apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), e Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), além das equipes policiais das Diretorias do Interior e de Atividades Especiais.

A ação da PJC é liderada pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) que deflagrou a Operação “Ronuro” para cumprimento de 22 mandados de buscas e apreensões que têm como alvos endereços de pessoas físicas e jurídicas, em quatro municípios do norte de Mato Grosso – Cláudia, Feliz Natal, Nova Ubiratã e Sorriso.

Além dos mandados de busca e apreensão, os locais ondem funcionam as madeireiras serão bloqueados e terão as atividades suspensas, até o término das investigações.


A polícia recebeu uma denúncia, ainda no segundo semestre de 2019, de que pessoas envolvidas no comércio de madeira na região estavam praticando ilícitos ambientais e fazendo a extração ilegal na Estação Ecológica Rio Ronuro. 

 
Após a pandemia da covid, no mês de fevereiro de 2022 as diligências foram intensificadas pela Dema para identificar os agentes responsáveis pelo dano ambiental, com a extração e desmatamento ilegal da vegetação nativa preservada na estação ecológica situada em Nova Ubiratã.

Conforme a apuração, a associação criminosa cometia o desmatamento visando lucro financeiro a qualquer custo, com a destruição da vegetação e sem se preocupar com os danos ambientais, a fauna e tampouco a sociedade local e mato-grossense. 

Operação Ronuro
O nome faz referência à área Estação Ecológica (Esec) Rio Ronuro, localizada no município de Nova Ubiratã, criada pelo Decreto n. 2.207 de 23 de abril de 1998. A estação abrange uma área aproximada de 131.795 hectares, cujo objetivo é proteger o ambiente natural e os ecossistemas existentes. É uma unidade de conservação estadual.
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