A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (18), a Operação Égide para o combate no comércio e compartilhamento de imagens e vídeos contendo cenas de abuso sexual infantil pela internet. São cumpridos 50 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso e em outros 19 estados, além do Distrito Federal.
Durante as diligências em Mato Grosso, a PF deu voz de prisão a um morador de Sinop que foi flagrado em posse de conteúdo pornográfico de crianças. Um outro alvo teve o celular apreendido em Chapada dos Guimarães.
A investigação policial teve ínicio no fim do ano de 2022, onde foram identificados dezenas de suspeitos atuando na venda, compartilhamento e aquisição de imagens e vídeos com conteúdo pornográfico infanto-juvenil.
De acordo com a PF, os criminosos iniciavam negociatas de compra, venda e troca de arquivos nas redes sociais e, posteriormente, migravam para grupos fechados de aplicativos de mensagens menos conhecidos, que se destinavam exclusivamente ao compartilhamento de material contendo pornografia de crianças e adolescentes.
Os flagrados na posse de conteúdo pornográfico de crianças e adolescentes serão presos como autores dos crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente. Em caso de condenação, os criminosos são punidos com penas de reclusão que podem atingir quatro a oito anos, além de multa. As penas podem ser aumentadas de acordo com o número de condutas praticadas.
A operação foi realizada no Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (18 de maio) e contou com o efetivo de 300 policiais federais que cumpriram 50 mandados de busca e apreensão em 20 estados e no Distrito Federal.
Nome da operação
Égide significa proteção, amparo, defesa. Na Mitologia Grega, égide era um escudo mágico utilizado por Zeus, supremo mandatário dos deuses que habitavam o monte Olimpo, que lhe protegia nas lutas contra os titãs.
Alerta
A Polícia Federal destaca que o consumo desse tipo de conteúdo fomenta a prática de violência sexual contra crianças, cujos danos psicológicos e sociais causados às vítimas são permanentes.
De acordo com estudos registrados por pesquisadores dessa modalidade de crime, os consumidores de conteúdo pornográfico infanto-juvenil podem passar a exercer posição de abusadores, seja pelo desenvolvimento crônico da atração sexual por crianças e adolescentes, seja pela necessidade de interagir em grupos pedófilos.
Com assessoria da PF