A 10 meses da abertura da janela partidária, os vereadores por Cuiabá já se articulam para definir se permanecem ou mudam de legenda para disputar a reeleição no pleito do próximo ano. Dos 25 parlamentares da Câmara Municipal, ao menos 10 já estão se movimentando neste sentido.
Os vereadores que fazem parte da bancada do Partido Verde (PV), por exemplo, estão entre os que devem mudar de partido. Isso se deve ao peso da Federação Brasil da Esperança, formada pelo PV, PT e PCdoB.
Por conta dessa “coligação”, os vereadores Mario Nadaf, Marcus Brito Junior e Paulo Henrique devem deixar a agremiação e buscar espaço em outra sigla para encarar as urnas novamente em outubro de 2024.
O Cidadania e o Podemos também correm o risco de perderem todos os seus parlamentares municipais, uma vez que Dilemário Alencar (Podemos), Wilson Kero Kero (Podemos), Felipe Corrêa (Cidadania) e Rodrigo de Arruda e Sá (Cidadania) cogitam a possibilidade de virem a aproveitar a janela partidária para trocar de legenda.
Vale lembrar que, no início da atual legislatura, o Cidadania era o partido com a maior bancada de vereadores da Casa de Leis, com quatro representantes. Ainda faziam parte da agremiação Diego Guimarães que foi eleito deputado estadual no pleito do ano passado, e tenente-coronel Marcos Paccola, que teve o mandato cassado por quebra de decoro parlamentes.
Antes de deixarem o Legislativo Cuiabano, contudo, ambos já tinham deixado e Cidadania e migrado para o Republicanos. O que deve motivar a debandada do Cidadania é o fato de o partido estar em uma federação com o PSDB, que está mais próximo do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Felipe, mesmo, já adiantou que é oposição e buscará alguma legenda que esteja distante do emedebista. Já Rodrigo tem uma posição de mais proximidade do chefe do Executivo, mas prefere não polemizar sobre o assunto e aguarda ainda para falar sobre essa mudança.
Outros três vereadores que também devem trocar de legenda visando as eleições de 2024 são Luis Claudio (PP), Cesinha Nascimento (União) e Adevair Cabral (PTB).
O progressista deve trocar de partido por conta da última resolução deliberada pela Executiva Estadual, que determinou o rompimento com a gestão do atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Diante disso, para continuar no grupo do gestor emedebista, o parlamentar já anunciou que deixará o Progressista. Ele revelou, inclusive, que está buscando espaço no MDB e no PSD, uma vez que pretende disputar à reeleição no próximo ano.
Cesinha Nascimento, por sua vez, deve trocar o União Brasil pelo Partido Liberal (PL), para seguir os passos de seu irmão, o deputado estadual Elizeu Nascimento (PL).
Já Adevair Cabral aguarda a definição da nacional quanto a possível fusão do PTB com o Patriotas, que daria origem ao Mais Brasil. A união das legendas pode fazer com que o parlamentar deixe a sigla.
A janela de migração partidária é o período de 30 dias, em que detentores de mandato eletivo em cargos proporcionais podem trocar de legenda, sendo considerada justa causa. Geralmente, esse prazo é aberto entre os meses de março e abril do ano das eleições, ou seja, seis meses antes do pleito. A regra foi regulamentada pela Reforma Eleitoral promovida em 2015.
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