Fernanda Schein é uma cineasta brasileira que atualmente mora em Los Angeles (EUA). Ela trabalha com a pós-produção de filmes e séries em Hollywood, tendo participação em películas de grandes empresas do streaming como Netflix e Prime Video.
A cineasta esteve na produção da série Neymar: O Caos Perfeito, na Netflix, e do filme Forbidden Wish, do Prime Video. Em entrevista ao Metrópoles, Fernanda falou sobre como surgiu a primeira oportunidade.
“A primeira oportunidade que eu tive foi no trabalho do Neymar, porque eles precisavam de alguém que falasse especificamente português. Quem entrou em contato comigo foi o Festival Brasileiro de Cinema. Eles me indicaram para trabalhar na série porque só tinha um editor brasileiro, os outros eram americanos”, lembra.
Veja a entrevista completa em vídeo:
Cinema independente
Fernanda também tem braços em outras áreas do cinema. Além da produção para grandes empresas, também mantém o foco no cinema independente e revela que gosta mais de trabalhar nessa área com diretores independentes.
“Nos grandes estúdios, eles têm os próprios criativos. No cinema independente, a equipe é muito menor, o orçamento é menor, então as pessoas assumem mais responsabilidades. Sinto que tenho mais liberdade de expressão e criatividade”, destrincha.
Hollywood
Schein deu dicas para crescer no grande mercado cinematográfico norte-americano. “Acho que para expandir as oportunidades, é importante procurar histórias que nos tornam uma coisa única para contribuir com o filme. O meu caminho com a Netflix se abriu exatamente assim”, conta.
“O legal é que é uma cidade que vive do cinema, então a gente encontra projetos de todos os tamanhos. Vai encontrar projetos milionários de estúdio, projetos de médio porte, de diretores que estão fazendo trabalhos para festivais grandes e também vai encontrar trabalhos superpequenos de diretores que estão tentando se estabelecer no mercado.”
Trajetória profissional
Formada em publicidade, Fernanda Schein trabalhou profissionalmente por três anos no Brasil e fez campanhas para marcas como Grendene e Ben 10. Decidiu, então, estudar cinema para fazer produções maiores.
“Contatei e me cadastrei em uma escola de cinema nos Estados Unidos e fiz meu mestrado em cinema. Logo depois, o curta-metragem que eu fiz para me formar no mestrado entrou em vários festivais e me permitiu ficar mais um tempo por aqui”, explicou.
A mudança não foi complicada, visto que a brasileira tinha conhecimento do conteúdo trabalhado no cinema americano. O trabalho fez com que a cineasta conseguisse morar nos Estados Unidos, onde está há 7 anos. “Me adaptei rápido ao mercado daqui e também tive sorte de ter várias oportunidades aparecendo para me estabelecer aqui”, confessa.
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