O conselheiro do Tribunal de Contas Sergio Ricardo se posicionou contra o projeto de lei de autoria do deputado federal Juarez Costa (MDB), o qual prevê a retirada de Mato Grosso da Amazônia Legal. O membro da Corte de Contas cita que o Estado perderia investimentos do Governo Federal com a medida, e defende a sua permanência.
Para ele, não há necessidade de mudar as atuais regras para garantir maior desmatamento de áreas preservadas. “A minha defesa e que Mato Grosso tem que ficar exatamente onde está. Temos área produtiva, podemos aumentar a produtividade e não precisa desmatar mais. Então, são oito países que são os proprietários da Amazônia, a Amazônia está em oito países e nós queremos que continue assim. Temos 81 municípios dentro da Amazônia e somos contra isso”, defendeu.
Apesar de seu posicionamento, o conselheiro evita criticar o autor da matéria. Sergio Ricardo acredita que a intenção do congressista com a propositura foi aumentar a produção do Estado.
“Existem as defesas pros e as defesas conta. De um lado diz que, ao retirar, pode desmatar 70%. Hoje, na Amazônia só pode desmatar 20% e tem que preservar 80%. Talvez a ideia dele é que, com Mato Grosso saindo da Amazônia poderia desmatar mais e abrir mais áreas”, colocou.
No entanto, afirma que ele não levou em consideração as consequências. “Outros defendem que Mato Grosso não pode sair da Amazônia Legal porque Mato Grosso tem muitos recursos do governo federal justamente, por fazer parte da Amazônia Legal, perderia investimentos”, concluiu.