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21/06/2023 às 08:31

Lúdio vê maldade em substitutivo do 'PL da pesca' e afirma que mudança no auxílio é 'bode na sala'

'Nós não participamos, até porque nós temos uma posição clara. Não há conserto para esse projeto de lei', diz deputado

Da Redação - Luíza Vieira / Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda

Lúdio vê maldade em substitutivo do 'PL da pesca' e afirma que mudança no auxílio é 'bode na sala'

Foto: JL Siqueira / ALMT

Como uma peça de um quebra-cabeça com defeito, não há conserto para o projeto ‘PL da Pesca’, de acordo com o deputado estadual Lúdio Cabral (PT). Dada sua posição quanto à proposta desde o início da tramitação, ele justifica a ausência do Partido dos Trabalhadores na elaboração do substitutivo e vê maldade do governo na proposta que foi assinada por lideranças partidárias. Com relação a um dos termos da nova propositura, a garantia do auxílio de um salário mínimo por pelo menos três anos, o deputado diz que a medida representa ‘um bode na sala’.

“Nós não participamos, até porque nós temos uma posição clara. Não há conserto para esse projeto de lei, ele tem que ser retirado, ou rejeitado, sumariamente. Essa autoria de lideranças partidárias é sempre usada quando o governo quer aprovar algo que seja maldade. Nosso bloco tem posição clara que é de ou retirada, ou rejeição do projeto porque não cabe emenda, não cabe substitutivo, não cabe conserto nenhum nele”, defende Lúdio.

O substitutivo integral ao projeto do “Transporte Zero” foi finalizado na segunda-feira (19). A proposta foi assinada por lideranças partidárias e garante mais flexibilidade com relação ao texto de autoria do governo Estadual apresentado no final do mês passado na Assembleia Legislativa.

Dentre as mudanças quanto ao texto original, está a adaptação de que agora pescadores artesanais poderão receber um salário mínimo ao longo dos três primeiros anos da proibição total da pesca e transporte de pescado em rios de Mato Grosso. Acontece que a medida irá abranger apenas aqueles pescadores que não receberem benefícios sociais e que rcomprovem recolhimento previdenciário. Além disso, devem estar inscritos e comprovar assiduidade em cursos de capacitação.

Para o Lúdio, o aumento no valor do auxílio pecuniário é visto como um ‘bode na sala’, a metáfora é usada quando se utiliza de um artifício que não tem funcionalidade para criar determinada tensão. 

“Essa história de auxílio, não tem aquela história do bode que você coloca na sala? O auxílio é o bode na sala. Para justificar o voto daqueles que o governo conseguir convencer de que precisa votar a favor. ‘Não, vai ter um auxílio’.  Mesmo que se mude o valor do auxílio, se estenda por cinco anos, passe a ser um auxílio de 10 salários mínimos por vez, não resolve. ” argumenta.
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