Diversas autoridades mato-grossenses têm se mostrado contrárias à reforma tributária, com o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União) a situação não é diferente. Para o deputado estadual “esse projeto, ele vai estar na verdade punindo o estado que mais cresceu”. Botelho afirma que tem esperanças de que a proposta não avance, seja com a articulações do governador Mauro Mendes (União), seja no Senado, em que o número de parlamentares é o mesmo para todas as unidades federativas do país.
“Nós aqui que vamos sofrer, é um contra senso. Esse projeto, ele vai estar na verdade punindo o estado que mais cresceu, que mais trabalhou para fazer a produção, para transformar um estado improdutivo em produtivo e esse estado vai ser penalizado com essa reforma”, alegou o parlamentar em entrevista ao Agora na Capital.
Para Botelho é possível sim fazer com que a proposta seja barrada, ele chegou a elogiar a posição do governador que tem se movimentado para buscar soluções quanto à situação.
“Eu acho que tem (como barrar). O governador Mauro Mendes está certíssimo em ir pra essa luta, ir para o embate. O governador, na reunião que teve aqui, ele estava empenhado em convencer esses governadores de que é prejudicial para esses estados e que tem que unir. Eu acho que se conseguir unir, tem chance sim”
Apesar disso, acredita também que uma resolução favorável depende da união entre as regiões que serão prejudicadas. Mato Grosso pode até não ter peso na Câmara, visto que conta apenas com oito deputados federais, enquanto que estados que possuem interesse na proposta, como São Paulo, contam com 70. A alternativa é esperar que a proposta passe na Câmara, para daí tentar barrá-la no Congresso, visto que todos os estados contam com valor igualitário de representantes senadores, ou seja, apenas três.
“Porque nós temos a questão do Senado. O senado é equalizado, tem três senadores para cada estado, então, o peso é igual. Nós temos esperança de que isso realmente não prospere”, alerta Botelho.
O presidente ainda relembrou todo o processo tortuoso que levou Mato Grosso a conquistar recordes nacionais na produção. Em específico a separação de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul em 1977.
“Estão copiando um modelo que existe já na Europa, nos Estados Unidos, que são países equalizados, que já têm praticamente tudo dividido, bem formalizadas as regiões. Não existe uma situação como nós temos aqui, muito diferenciada. E para o estado de Mato Grosso que nós fizemos um esforço hercúleo, para transformar esse estado em um estado produtor. Quem é mais antigo lembra na época da divisão do estado, quando este estado foi dividido houve uma comoção total. Porque entendia que Mato Grosso ia ser o patinho feio, o estado que não tinha produção e a produção estava ficando toda para Mato Grosso do Sul, iríamos sofrer muito. E nós caminhamos, lutamos e chegamos hoje em um grande estado produtor e nós sofremos porque fomos penalizados na época”, lembrou o deputado.
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