Cuiabá, sexta-feira, 03/05/2024
19:54:04
informe o texto

Notícias / Polícia

25/06/2023 às 12:16

Em quatro meses, Cuiabá atinge mesmo número de roubos de caminhonetes registrados 2022

Delegado-adjunto da Derf explica que, apesar dos números, há uma migração dos criminosos de roubo para furto, pois eles usam um aparelho eletrônico para destravar as caminhonetes sem chamar muita atenção

Luíza Vieira

Em quatro meses, Cuiabá atinge mesmo número de roubos de caminhonetes registrados 2022

Foto: PM-MT

A Baixada Cuiabana tem enfrentado um aumento no número de roubos de caminhonetes neste ano, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT). No primeiro quadrimestre deste ano, Cuiabá já atingiu o mesmo número de roubos registrados em todos os 12 meses do ano passado.

De janeiro a dezembro de 2022, foram registrados 49 roubos de caminhonetes em Cuiabá e 50 em Várzea Grande. Quanto aos furtos, a Capital seguiu em disparada com 138 ocorrências, enquanto que a cidade vizinha registrou apenas 18.

Nos primeiros quatro meses deste ano, Cuiabá registrou 
49 ocorrências de roubo. Além disso, a polícia contabilizou nesse período um total de 94 furtos. Os números sugerem um alerta quanto aos crimes, pois no saldo anual eles devem superar as ocorrências do ano passado.

Em Várzea Grande, os crimes ainda seguem abaixo do ano passado, foram registrados 17 roubos e 13 furtos.


Um modelo em específico tem sido a preferência de criminosos porque, atualmente, quadrilhas especializadas estão utilizando um aparelho eletrônico capaz de destravar os veículos sem chamar a atenção.

Em entrevista ao Leiagora, o delegado-adjunto da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos em Cuiabá, Edson Arthur Teixeira Peixoto afirma que, apesar dos números, há uma migração dos criminosos da prática de roubo para furto, pois utilizam um aparelho eletrônico para destravar as caminhonetes sem chamar muita atenção.  

“Algum tipo de aparelho. Na verdade, o maior número de registros desses furtos com a caminhonete modelo Hilux, da Toyota. Existe uma demanda muito antiga, desse tipo de veículo na Bolívia, não é de hoje, há muitos anos já. Há um tempo atrás era muito roubo, né? Que as vítimas tinham ali apontadas uma arma de fogo e roubada. E o pessoal agora migrou, saiu do roubo, tinha que render as vítimas, vamos dizer assim. E agora ele pega o veículo na rua, parado, estacionado, furta e leva o veículo”, destaca o adjunto. 

Em primeiro plano, o principal destino das caminhonetes roubadas é a Bolívia, tanto que, de acordo com o policial, o Grupo Especial de Fronteira (Gefron) tem feito várias apreensões. Outro destino seria para o desmonte e a venda ilegal de peças.

Leia TambémVídeos | Polícia fecha loja especializada em caminhonetes que comercializava peças roubadas

“O principal destino é  a Bolívia, as maiores apreensões têm sido nas proximidades da fronteira. Porque existe uma demanda de anos aqui, uma peculiaridade do estado de Mato Grosso, que tem fronteira com a Bolívia. Na Bolívia você consegue regularizar esse veículo, mesmo se ele não tiver nenhum tipo de origem. Pelo menos a informação que a gente tem. Então o pessoal adquire lá o veículo de uma maneira mais tranquila. E como é um veículo, né? Durável, de marca boa eles têm interesse”, disse Edson, que completa: 

“Tem gente que pega pra desmontar, né? Para alimentar o mercado de peças ilegais. Tem gente que leva para cidades mais longínquas, que a fiscalização é menor e fica usando mesmo”, argumenta.

Ainda conforme o delegado-adjunto, quem está praticando esses crimes são infratores já conhecidos da polícia, que geralmente contam com uma vasta ficha criminal.

Somado a isso, no caso de furtos, eles geralmente utilizam boné, máscara e uma mochila, se aproximam do veículo, conseguem abri-lo e sair discretamente.

“Agora o que chama a atenção é que a maioria dos que têm, que pego filmagem, o cara está ali de boné e de máscara, andando na rua com a mochilinha nas costas. Hoje já é estranho, porque dificilmente alguém usa máscara, mas eles têm se utilizado ali, dessa pandemia, pós-pandemia, na verdade, para dificultar a identificação”, alerta.

Edson argumenta que a polícia tem realizado operações na tentativa de conter os crimes, mas alerta para que donos destes modelos de veículos fiquem atentos quando forem estacionar suas caminhonetes. A dica é optar por estacionamentos mais seguros e com vigias.
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet