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27/06/2023 às 07:41

Vídeo | Operação cumpre mandados contra chefe e assassinos de jovem paulista morto em Nova Ubiratã

Entre os envolvidos está uma mulher que é servidora da rede de educação municipal e um preso da PCE, que ordenou os crimes

Paulo Henrique Fanaia

<Font color=Orange> Vídeo </font color> | Operação cumpre mandados contra chefe e assassinos de jovem paulista morto em Nova Ubiratã

Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia de Nova Ubiratã, deflagrou na manhã desta terça-feira (27) a Operação Procusto para cumprimento de 13 mandados judiciais de prisão preventiva e de busca e apreensão contra integrantes de uma organização criminosa envolvidos no homicídio, tortura e ocultação de cadáver do jovem Pablo Ronaldo Coelho dos Santos, assassinado em abril deste ano em Nova Ubiratã após ser confundido com um membro de uma facção criminosa rival.

Os crimes foram ordenados por um criminoso identificado como A.A.L., que está detido na Penitenciária Central do Estado (PCE). De dentro da cadeia, ele recebia as informações dos demais integrantes da organização criminosa que estavam monitorando Pablo e seu amigo desde que ambos chegaram a cidade.

Informações reunidas no inquérito apontam que o sequestro foi premeditado para torturar as vítimas para que eles confessassem que eram integrantes de uma facção criminosa rival.

Durante a execução das torturas e do assassinato, o grupo se reportava ao criminoso preso na PCE, que gerenciou tudo de dentro da cela e acompanhou todo o desenrolar do crime, desde a captura até a morte da vítima, recebendo fotos das vítimas amarradas durante as sessões de tortura. O preso ordenou que não era só para arrancar os dedos das vítimas, mas também para executá-las.

Também é investigada uma mulher, funcionária da educação municipal infantil em Nova Ubiratã. A Polícia Civil apurou que ela atuou diretamente na execução dos crimes e agiu com extrema violência, inclusive, mandando que as vítimas fossem mutiladas. A Mulher foi identificada pelas iniciais M.R.A.R.
 
O delegado responsável pelo inquérito, Bruno França Ferreira, destaca que motivo de toda a crueldade praticada foi, em tese, o fato de as vítimas terem supostamente feito um sinal com a mão que remetia ao número três.

Estão em cumprimento oito mandados de prisão, sendo dois deles na Penitenciária Central do Estado e cadeia pública de Nobres. Apoiam o cumprimento das ordens judiciais as Delegacias de Sorriso e de Nobres, Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá, PM de Nova Ubiratã e unidade do Ciopaer de Sorriso. 
 
O crime
 
No dia 19 de abril deste ano, Pablo e um amigo foram sequestrados, quando ambos estavam em um bar de Nova Ubiratã. Os dois tinham vindo do interior de São Paulo para trabalhar. Eles foram abordados por quatro investigados após ter supostamente feito um sinal com as mãos que remetia a uma facção criminosa rival da que domina Nova Ubiratã.
 
O líder do grupo identificado pelas iniciais L.S.A., ofereceu R$ 200, a um dos investigados para que ajudasse a levar dois rapazes para torturar e matar. Os suspeitos levaram as vítimas ao cativeiro, onde iniciaram a sessão de tortura que durou toda a madrugada. Um adolescente também participou dos crimes e é investigado em procedimento autônomo.

A vítima sobrevivente contou que tiveram mãos e pés amarrados e colocaram um pano em sua cabeça e jogaram água, além de chutes e socos em ambos. Também apanharam com uma lâmina de faca, o que causou lesões nas costas e nos cotovelos. As vítimas também foram obrigadas a gravar um vídeo dizendo que romperiam com uma facção e iam participar de outra. O vídeo foi enviado ao mandante dos crimes que estava preso na PCE.
 
As vítimas foram colocadas no porta-malas de um Uno e levadas a uma área extensa de mata em Nova Ubiratã. Durante o trajeto, o porta-malas do veículo se abriu e a vítima sobrevivente conseguiu escapar e entrar em um milharal. Ele foi perseguido pelos executores, mas conseguiu fugir e buscar ajuda na polícia.

Após diligências em busca de Pablo, que resultaram na prisão de dois participantes dos crimes, a Polícia Civil reuniu informações que levaram à indicação do local onde estaria os demais integrantes do grupo criminoso. Durante a abordagem, um deles, Lucas Dourado da Silva foi morto em confronto com policiais militares e os outros suspeitos conseguiram fugir pela mata.
 
Durante 42 dias, a Polícia Civil realizou diversas diligências para localizar Pablo Ronaldo. Com auxílio do Corpo de Bombeiros, de cão farejador e de policiais militares foram realizadas buscas por áreas da mata para onde a vítima foi levada e executada.

 
Com assessoria
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