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08/07/2023 às 14:36

Supla revela convites para carreira política, mas recusa: "Não é uma cabeça única"

Cantor falou sobre seu 18º álbum de estúdio, os 40 anos de carreira e o namoro com Nathália Mastrobiso, 30 anos mais nova que ele

Terra

Supla revela convites para carreira política, mas recusa:

Foto: Reprodução Instagram

O cantor Supla, de 57 anos, decidiu fazer um retrato da cidade de São Paulo em seu 18º álbum, o Punks de Boutique. O projeto, lançado no último dia 30, reúne canções sobre a violência das ruas, a desigualdade social e até uma resposta do cantor aos convites recorrentes que recebe para se candidatar a cargos públicos. 

Filho do deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP), Supla revela que todos os anos é convidado a disputar alguma eleição. Em 2022, ele até considerou a possibilidade e conversou com o petista sobre o assunto.

"Eu acredito que seria um bom político, mas quando você entra nesse ramo, você entra com um partido e você tem que seguir as normas do partido, não é uma cabeça única. Em 2022, quando voltei a receber esses convites, eu resolvi conversar com meu pai sobre o assunto e ele me disse que eu já fazia política com as minhas músicas, só não estava ali criando as leis, então deixei assim", conta. 

O novo projeto do Charada Brasileiro já tem cinco videoclipes, e em alguns, inclusive, ele contracena com Nathália Mastrobiso, sua namorada. A relação dos dois pautou as redes sociais no início de junho, por causa da diferença de idade entre os dois - ele tem 57 anos e ela, 26.

"Normal o público falar, mas estou cagando para isso. A idade não importa, o amor sim", rebate.

Em conversa com o Terra, Supla detalhou a criação de seu novo álbum, contou sobre os planos para celebrar os 40 anos de carreira em 2024, revelou os sonhos que ainda nutre como artista e quais serão os próximos passos de sua carreira. Confira a entrevista na íntegra.

Quais foram suas referências musicais para criação do álbum?

É um álbum de rock and roll, é um álbum de São Paulo, feito no Centro de São Paulo. Eu moro na Praça da República, meu estúdio é aqui na região; os músicos que fizeram comigo moram no Brás, então, assim… A gente respira o que está nesse disco. Muitas músicas foram criadas a partir do violão, mas outras vieram em 'jam', no improviso. Foi um álbum espontâneo e democrático, apesar de ter um cacique, que sou eu. A criação dele foi inconsciente, mas muito paulistana.

É um disco muito paulistano, mostrando o lado bom e ruim da cidade. Essa essência foi planejada?

Não foi planejado, foi natural. Por exemplo, a canção que abre o álbum é 'Supla Zombie' e é como eu sinto nessa cidade do caralh#, e não sou só eu, sabe? Às vezes, inconscientemente, as pessoas acabam agindo como zumbis com tanta informação, poluição, enfim, o corpo acaba maltratado e a gente nem percebe. 

O álbum é uma denúncia ou homenagem à cidade?

É mais uma homenagem. A gente ama e odeia essa cidade, mas vivemos aqui. A música 'Ratazana de iPhone' fala bastante sobre esse lado denúncia. Nós pagamos impostos, arcamos com nossos deveres, para ter este tipo de segurança? Eu cheguei a visitar a Fundação Casa após o lançamento da música e espero ter mudado algumas cabeças. Eu fui lá porque não queria simplesmente falar sobre a criminalidade de maneira rasa, eu quero entender do assunto, estar por dentro dele, conversar com pessoas dos diferentes lados. 

Querendo ou não, é tentador [roubar]. O moleque que faz isso não tem oportunidade e aí ele rouba um smartphone desses e ganha uma grana alta, mas não é assim que as coisas funcionam. Após a pandemia, muita gente ficou sem dinheiro e a criminalidade aumentou. Falar sobre contraste social na minha música e visitar a Fundação Casa me tocou num lugar muito pessoal, me fez entender a luta do meu pai [Eduardo Suplicy]. 

Algumas pessoas falam que eu estou passando pano para marginal, mas não é verdade. Tem gente que é preso por roubar celular enquanto tem algumas pessoas roubando muito mais na política. Eu não vejo ninguém falar disso.

Em 'Eles Querem Que Eu Seja Um Político', você cita que seria "quase um suicídio" optar por esse caminho. Me fala um pouco sobre isso. 

Uma vez, conversando com MV Bill, ele me disse umas verdades. Eu, particularmente, acredito que seria um bom político, mas quando você entra nesse ramo, você entra com um partido e você tem que seguir as normas do partido, não é uma cabeça única. Em 2022, quando voltei a receber esses convites, eu resolvi conversar com meu pai [Eduardo Suplicy] sobre o assunto e ele me disse que eu já fazia política com as minhas músicas, só não estava ali criando as leis, então deixei assim. 

Em diferentes músicas, como 'It's Valentine's Day' e 'Não Sou Poeta', você fala de amor e, inclusive, contracena com a Nathália, sua namorada. Como foi mesclar trabalho e romance?

Eu escrevi essas músicas para ela, mas foi tranquilo gravar junto. Qualquer relação dá trabalho, a gente tem que trabalhar isso diariamente. 

Também em 'Valentine's' você fala sobre um futuro romântico. Vocês já estão planejando casamento e filhos?

A gente está vivendo dia após dia. Todo mundo tem planos, claro, mas no momento acho que não pensamos nisso. Ela, por exemplo, quer ter uma carreira artística, então acho que um filho não cabe para nós agora. Até nascer, amamentar, crescer, lá se foram dois anos… Infelizmente é a triste realidade. 

A relação de vocês foi alvo de críticas pela diferença de idade. Como você lida com isso?

Normal o público falar, mas estou cagando para isso. A idade não importa, o amor sim. A namorada do meu pai tem 30 anos a menos, ele tem 82, é a mesma porr@. 

Falta apenas um ano para completar 40 anos de carreira. Você ainda tem sonhos a realizar?

Eu só tenho um sonho: ter um hit mundial. Os 40 anos de carreira eu ainda não tenho planos de como celebrar. No momento, a ideia é divulgar esse álbum e fazer show até o c* não aguentar mais.
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