A vereadora Maysa Leão (Republicanos) repercutiu durante a sessão desta terça-feira (15) o caso de feminicídio da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, e defendeu que as vítimas deste crime não sejam tratadas como responsáveis ou culpadas por suas mortes.
Cristiana foi encontrada morta no domingo (13) dentro de um veículo no Parque das Águas, horas depois de ter se encontrado com o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos.
“Ao tomarmos conhecimento da morte da Cristiane, muito se falou sobre como ela foi para a casa de um homem que ela conheceu naquela noite - novamente trazendo para as costas da vítima a responsabilidade por sua morte. Como um homem como esse estava solto?, é essa a pergunta que precisamos fazer, pois precisamos acabar com esse ciclo de culpar as vítimas”, pontuou Maysa.
Dados da Polícia Civil apontam que. somente este ano. já foram registrados 18 casos de feminicídio em Mato Grosso. Maysa também relembrou outras vítimas de feminicídio em Cuiabá, como a da jovem Emily Bispo, 20, morta a facadas pelo ex-namorado na frente do filho, no bairro Pedra 90, e a servidora Thays Machado, 44, assassinada a tiros pelo ex, no bairro Alvorada.
“Como é que olhamos para as mulheres sem julgar a idade, seu padrão de vida. Nós, enquanto sociedade precisamos lidar com essa pauta de outra forma. A diferença entre homem e mulher é que a mulher tem que viver com medo, ser precavida, olhar a roupa que usa e se vigiando para que não corra riscos pelo simples fato de existir”, concluiu Maysa.
Homenagem
Cristiane foi homenageada pela vereadora na sessão solene do Dia do Advogado, realizada nesta segunda-feira (14), na Câmara de Vereadores de Cuiabá, e reuniu mais de 140 profissionais da área.
Com assessoria