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Notícias / Polícia

18/08/2023 às 17:15

CHINELADA NO BRAÇO

Mãe acusa escola de omitir agressão a filho durante briga entre crianças

A mãe afirma que não recebeu nenhum comunicado da direção da escola sobre o ocorrido

Luíza Vieira

Mãe acusa escola de omitir agressão a filho durante briga entre crianças

Foto: Reprodução

A enfermeira Sirley de Almeida Cruz registrou um boletim de ocorrência após, segundo ela, a professora e a diretora da escola municipal Dalci Candido de Souza, em Nobres (121 km de Cuiabá), não terem comunicado a ela que seu filho, de 8 anos, foi agredido por coleguinhas enquanto estava na unidade escolar. A mãe acusa a escola de omissão após a diretora passar pomada na região do ferimento para esconder o hematoma.

Em entrevista ao Leiagora, a mãe relata que no dia 16 de agosto foi buscar o filho, que está no 2º ano do ensino fundamental I, na unidade educacional, assim como de costume. Ela relata que só percebeu a marca vermelha no braço da criança após o menino tomar banho. 

Ao questionar o garoto, ele explicou à mãe que era uma marca de chinelo feita por uma coleguinha em uma briga para brincarem no gira-gira. Conforme o menino, duas crianças o seguraram, enquanto uma menina deu a chinelada. Assim que sofreu a agressão, a criança contou que foi até a diretoria, onde a diretora teria passado uma pomada, que a mãe, que é enfermeira, reconheceu ser utilizada para encobrir hematomas.

“Quando chegaram na diretoria passaram gelo, passaram também a mesma pomada que eu tenho aqui em casa, eu uso Reparil, que é para tirar hematomas, tirar lesão, não ficar roxo. É uma pomada que a gente usa. E lá chamaram ele para saber o que aconteceu, chamaram os coleguinhas, conversaram na diretoria e foram para suas salas normalmente. E aí chamaram ele mais três vezes para passar essa pomada no braço, falando que até ele ir para a casa não teria hematoma mais”, descreveu o que seu filho lhe contou.

A mãe argumenta que não questiona o fato do filho ter apanhado na escola, afinal, de acordo com ela, é normal existirem conflitos entre as crianças. No entanto, ela questiona que não houve nenhum tipo de informação da escola quanto ao caso. Ela afirma que chegou a enviar uma mensagem de texto para a professora do filho questionando o ocorrido, mas até o momento não teve respostas.

“Deviam ter mandado um bilhete no caderno dele quando ele fosse voltar para casa, ou na pior das hipóteses, a diretora, coordenadora, professora poderia esperar no portão junto a ele, para relatar para que quem fosse buscar ‘olha, aconteceu isso e isso com seu filho, já tomamos providência’. O meu questionamento não é pela agressão que meu filho sofreu em si, todas as crianças estão sujeitas a isso. Mas pelo comportamento de omissão e negligência por parte da equipe gestora”, argumentou a genitora.

Diante da situação, Sirley registrou um boletim de ocorrência na delegacia da Polícia Civil e acionou o Conselho Tutelar. A criança passou por um exame de corpo de delito, em que foi constatada a agressão. Segundo a mãe, todas as provas foram encaminhadas ao Ministério Público, ela aguarda a ação do órgão quanto ao caso.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Educação do Município de Nobres, mas até o fechamento deste material não obteve respostas.
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