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26/09/2023 às 10:53

NESTA TERÇA

Biodiversidade do Pantanal é tema de palestra na UFMT para discutir indústria fitoterápica

O encontro aborda como o Pantanal, conhecido por suas belezas naturais, desempenha um papel de destaque na biodiversidade na fauna e na flora

Leiagora

Biodiversidade do Pantanal é tema de palestra na UFMT para discutir indústria fitoterápica

Foto: José Medeiros

O Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP), em parceria com o Instituto de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (INAU), realiza nesta terça-feira (26) às 14 horas, debate com a comunidade acadêmica e sociedade em geral sobre a necessidade da implantação de uma indústria fitoterápica para impulsionar a produção de medicamentos diante da biodiversidade pantaneira. A palestra “Como a biodiversidade Pantaneira pode impulsionar a produção de medicamentos?” será no auditório do INPP, no campus da UFMT, em Cuiabá.

O evento terá como palestrante o professor Domingos Tabajara de Oliveira Martins, que coordena um projeto de bioprospecção no Pantanal Mato-grossense. É Professor Titular de Farmacologia na Universidade Federal de Mato Grosso, pesquisador do INAU e PQ 1B do CNPq, coordenador do projeto Avaliação da Atividade e do Mecanismo de Ação Anti-Inflamatório, Antiúlcera, Cicatrizante de Ferida e Antimicrobiano de Plantas Medicinais Usadas por Populações Tradicionais do Pantanal Mato-grossense.

O encontro aborda como o Pantanal, conhecido por suas belezas naturais, desempenha um papel de destaque na biodiversidade na fauna e na flora. “Antes, é preciso alocar recursos financeiros com ou sem parceria com a iniciativa privada e entidades do setor  para apoiar a pesquisa e a formação continuada de pessoas, nos  diferentes níveis de formação, com vistas à formação de massa crítica e acumular maior conhecimento do potencial da flora medicinal pantaneira, e assim, criar as condições para atuarem na cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos, que compreende desde a produção de sementes, mudas, matéria-prima e derivado  vegetal, até a implantação de indústrias de fitoterápico”, pontua Tabajara.

O uso popular de plantas faz parte da cultura pantaneira,  utilizadas como remédios há milênios, pelos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais.  Para o professor Domingos Tabajara de Oliveira Martins  é fundamental que se instale o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos e sejam estimuladas experiências de Programas de Farmácias Vivas na região pantaneira.

Integração com discussões realizadas por INPP e INAU

A discussão faz parte do Ciclo de Palestras “Wolfgang Junk”, que homenageia um dos cientistas mais influentes do mundo na pesquisa de áreas úmidas. A proposta da palestra busca debater a importância de fomentar a pesquisa, gerando conhecimento técnico-científico na área de plantas medicinais e fitoterapia, e com isso, fortalecer o complexo industrial da saúde.

“Hoje o déficit da balança comercial de produtos farmacêuticos no Brasil mantém-se em torno de US$ 4.8 anuais. Ou seja, o Pantanal Mato-grossense possui um amplo patrimônio genético e rica sociodiversidade que precisam ser melhor aproveitados em benefício da sociedade, pois, agregando conhecimento às plantas é mais fácil manter a floresta em pé”, aponta Tabajara.

Pesquisadores do INAU já catalogaram nas 10 sub-regiões fitoecológicas do Pantanal 1.863 espécies de plantas fanerógramas - que se reproduzem através de sementes (1653 terrestres), a maioria é lenhosa (756), seguida de herbáceas (458), graminoides (278), trepadeiras (138), parasitas (15) e epífitas (11). Macrófitas aquáticas são 280, além de 3.400 que se distribuem na Bacia  do Alto Paraguai. Já em Poconé, foram 376 diferentes espécies de plantas foram identificadas, com as mais diferentes categorias de uso medicinal.
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