Diante do cenário de despedida no União Brasil, o senador Jayme Campos defende ferrenhamente que o partido presidido pelo governador Mauro Mendes dê a "carta de alforria" ao presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, para que ele possa buscar em paz a consolidação do seu projeto eleitoral para 2024. Botelho tende a deixar a sigla por falta de espaço para a candidatura a prefeito de Cuiabá, uma vez que Mauro Mendes tem seu preferido, o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia.
Para Jayme, a liberação do parlamentar é o mínimo de consideração que o partido pode demonstrar nesta situação. Membro da alta cúpula, ele lembra da fidelidade de Botelho nos momentos que a gestão estadual mais precisou, como as reformas aprovadas no início do primeiro mandato de Mauro, antes do Legislativo e Executivo entrarem em rota de colisão com inúmeros vetos e ações judiciais contra projetos aprovados pelos deputados. O senador diz que, se precisar, vai defender a ideia junto ao diretório nacional do União.
"Se o Botelho não tiver espaço no União Brasil para ser candidato a prefeito, eu acho mais do que justo que o partido dê uma carta de alforria para ele ser candidato. Já disse isso antes. Estão dizendo que vai ter dificuldade por causa dos prazos da janela partidária, que no ano que vem é para vereador e deputados estaduais e federais só em 2026. Entretanto, se houver uma decisão partidária do diretório regional favorável ao Botelho, ele pode buscar uma nova agremiação", disse Jayme à imprensa na noite de segunda-feira (30), durante ato de filiação de mulheres ao União Brasil, evento coordenado pela primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes.
Se precisar, vou levar essa proposta que ele tenha essa possibilidade de ser candidato por outra agremiação partidária
"Eu defendo isso, até pelo fato de ele ter sido um grande companheiro do governador Mauro Mendes. Eu acho que o mínimo que nós temos que oferecer é essa possibilidade, é essa consideração mínima, porque foi um grande companheiro nas duas eleições e aprovou projetos que ajudaram o estado a recuperar suas finanças e o equilíbrio fiscal. Sou favorável a isso. E se precisar, com vice-presidente do diretório nacional em Brasília, vou levar essa proposta que ele tenha essa possibilidade de ser candidato por outra agremiação partidária. É o mínimo de consideração e respeito que temos que mostrar pelo deputado Eduardo Boelho".
Por fim, Jayme disse acreditar que o governador Mauro Mendes terá "o mínimo de sensatez" e decidirá em conjunto com os membros do diretório regional. Mauro deve tratar do assunto após a viagem à Ásia. O governador embarca nesta semana para Indonésia e China.
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