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Notícias / Política

07/11/2023 às 12:32

MENTIRAS E DITADURA

Vídeo | Avallone e Wilson trocam ofensas em Comissão do Meio Ambiente durante debate sobre PLC da Mineração

Wilson alegou que o presidente da Comissão é ditador e não permite o debate, enquanto Avallone chegou a afirmar que quem é conhecido por mentir é o ex-colega de partido

Da Redação - Alline Marques / Reportagem local - Jardel P. Arruda

<Font color=Orange> Vídeo </font color> | Avallone e Wilson trocam ofensas em Comissão do Meio Ambiente durante debate sobre PLC da Mineração

Foto: Helder Faria e JL Siqueira / ALMT

Em mais uma episódio de bate-boca entre os deputados Wilson Santos (PSD) e Carlos Avallone (PSDB), ambos trocaram ofensas durante reunião da Comissão de Meio Ambiente na Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (7). O assunto que gerou a discussão foi o PLC 64/2023, que trata da realocação das áreas de reserva legal para fins de mineração.

Wilson chegou atrasado no debate, mas propôs a realização de uma audiência pública para debater o assunto para o dia 28, o presidente da comissão não aceitou, por entender que o parlamentar queria postergar a votação do projeto. Palavras como mentiroso e ditador dominaram o embate. 

A questão é que Wilson alegou que o ex-colega de partido teria garantido em uma rádio da capital que permitiria o amplo debate, mas votou contrário à realização da audiência, chegando a solicitar que “da próxima vez fale a verdade”. No entanto, Avallone não deixou por menos e alegou que quem é conhecido por ser mentiroso é o Wilson. Em meio às ofensas, o social-democrata chegou a sugerir trocar a data para o dia 22, mas ainda assim o tucano não aceitou, alegando então que o debate deveria ser realizado entre segunda e terça. 

No entanto, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) chega a ponderar que na próxima terça (14) terá uma audiência em Cáceres para debater a situação do rio Paraguai. E Avallone apenas rebate deixando apenas a segunda-feira (13) como opção para a audiência. Com intuito de colocar o projeto em votação na próxima semana. No entanto, vale destacar que a próxima quarta, dia 15 de novembro, é feriado em comemoração à Proclamação da República. Portanto não haverá sessão. 

Por fim, os deputados Wilson e Lúdio devem apresentar o requerimento para realização da audiência pública no plenário nesta quarta (8) para apreciação dos demais pares. 

Assista ao bate-boca



“Queremos ouvir as entidades que verdadeiramente defendem o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, mas fomos impedido pela Comissão. (Avallone) Liderou o voto contrário, impediu a ampliação do debate, impediu que as entidades pudessem trazer sua opinião sobre a possibilidade de a Sema ter autonomia para realocar as reservas legais. Aqui é a Casa da Democracia que não permite ouvir as entidades. É uma derrota dos que defendem o meio ambiente e uma vitória dos que querem praticar as destruição do meio ambiente com PCH, barragens, avanço de agrotóxicos, enfim, mais uma derrota do desenvolvimento sustentável, dos que defendem o debate na ALMT”, declarou Wilson ao deixar a reunião.  

Já Avallone alegou que a matéria está em debate há dois anos e meio e que houve tempo para que estas entidades procurassem o Legislativo para debater o assunto. Ocorre que, na verdade, uma matéria semelhante chegou a ser aprovada na Casa, porém, ela foi suspensa na justiça. Diante desse impasse judicial, o Executivo enviou um novo projeto para o Legislativo em setembro deste ano com pequenas alterações, dentre elas, a de dar à Secretaria de Estado de Meio Ambiente a permissão para liberar ou não a exploração de mineração em áreas de reserva, desde que sejam realocadas. 

No entanto, Avallone faz questão de destacar que o projeto fará a realocação da área de reserva com um acréscimo de 10%. “O projeto não é de fazer mineração em área de reserva legal é fazer a realocação da área de reserva legal. Esta matéria também já foi aprovada, e está em funcionamento, em três estados, Minas Gerais, Rondônia e Goiás, há 10 anos. O pedido veio por causa do calcário e cascalho. E os prefeitos não têm mais áreas para tirar o cascalho. Quando vem o período de seca, que tem que recuperar a estrada os municípios não têm mais cascalho fora da reserva legal”, justificou o parlamentar, que ainda comentou que tem tido embates também entre as Secretarias de Infraestrutura e de Meio Ambiente, por conta da falta de calcário.
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