Por anos, os deputados Wilson Santos (PSD) e Carlos Avallone (PSDB) foram aliados, amigos, colegas de partido e até já retribuíram apoios em campanhas, no entanto, nos últimos anos todo esse respeito desandou com os embates protagonizados principalmente no âmbito da Comissão de Meio Ambiente. As trocas ofensar tornaram recorrente, tanto pela imprensa, quanto presencialmente. Porém, o tucano garante que não guarda mágoa e vai liberar o perdão ao ex-amigo, a quem admite já ter até votado para prefeito da capital.
"Ele tentar fazer discurso como se aqui fosse tribuna sem tentar discutir em nível de ideia, é muito ruim. É uma estratégia que o Wilson usa. Sempre fui amigo, colega, votei nele para prefeito, para governador, essa falta de respeito que ele está tendo, como ser humano fico sentido e magoado, não vai mudar nada na vida dele, vou tentar entender e perdoar pela 10ª vez este tipo de agressão que ele faz", declarou o parlamentar após protagonizar outro bate-boca com o social-democrata, durante a reunião da Comissão de Meio Ambiente, realizada nessa terça-feira (7).
Avallone rebateu as acusações de Wilson de que ele estaria agindo como ditador na presidência da comissão, uma vez que liderou o voto contrário à realização de audiências públicas para debater com entidades ambientais o PLC 64/2023, que trata da permissão de mineração em áreas de reserva legal. A proposta trata da realocação da área com autorização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
"O Wilson Santos tem acostumado nos últimos meses, ou através dele ou de pessoas muito próximas a ele, baixar o nível e agredir muito violentamente colegas, entre eles, eu. Hoje me chamou de mentiroso, fez questionamentos agressivos, desnecessários, porque estamos discutindo um tema que está na casa, mas não como ele disse. O projeto que entrou dia 23 é idêntico, só fizems algumas melhorias, então é uma discussão de dois anos e meio nesta Casa", afirmou Avallone.
Porém, vale destacar que apesar da argumentação do tucano de que a matéria está em debate, o que ocorreu é que a matéria aprovada no ano passado foi alvo de ação na justiça e está suspensa por força de uma liminar. Diante do impasse jurídico, o Executivo encaminhou uma nova proposta, com algumas modificações, para que, em tese, atendam algumas exigências. No entanto, ainda assim, há questionamentos por parte das entidades ambientais sobre o risco que a proposta trás ao meio ambiente.
Só que Avallone garante que não haverá prejuízos e atende uma solicitação de setores como do calcário e cascalho, que tem impactado a realização de obras de infraestrutura no estado.
