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08/11/2023 às 11:51

MUDANÇAS CLIMÁTICAS

El Niño deve durar ao menos até abril de 2024 e o pico deve ficar para o próximo ano

Novo relatório de agência da ONU afirma que 2024 será um ano ainda mais quente que o atual, que já caminha para se tornar o mais quente da história

Por G1

El Niño deve durar ao menos até abril de 2024 e o pico deve ficar para o próximo ano

Foto: Divulgação

O fenômeno climático El Niño deve durar ao menos até abril de 2024, de acordo com a última atualização divulgada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta quarta-feira (8). Segundo a agência da ONU, o fenômeno se desenvolveu rapidamente em 2023 e pode atingir seu pico no primeiro semestre do ano que vem.

Caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, o El Niño acontece com frequência a cada dois a sete anos. Sua duração média é de doze meses, gerando um impacto direto no aumento da temperatura global.

Apesar de as consequências do fenômeno, em geral, serem observadas no ano seguinte ao seu desenvolvimento, 2023 se encaminha para se tornar o ano mais quente da história. Antes de 2023, o ano de 2016 foi o mais quente registrado.

O recorde foi atingido por conta de uma combinação de fatores, com a junção de um El Niño excepcionalmente forte e da alta nas emissões de dióxido de carbono na atmosfera relacionadas às mudanças climáticas provocadas pelo homem.Ano que vem será ainda mais quente. Isso é uma consequência clara da contribuição crescente das concentrações de gases do efeito estufa provenientes de atividades humanas.

O secretário-geral da OMM, Petteri TaalasO secretário da OMM ainda alerta que eventos climáticos extremos como ondas de calor, secas, incêndios florestais e enchentes serão mais comuns em algumas regiões e podem gerar maiores impactos.


Efeitos do El Niño em 2023

Neste ano, foram observadas temperaturas recordes na superfície dos oceanos por conta do El Niño. Desde maio de 2023, os registros térmicos no Oceano Pacífico Equatorial subiram de 0,5 °C acima da média para cerca de 1,5 °C acima da média em setembro.

As marcas históricas também foram registradas na temperatura do ar. No Brasil, o fenômeno provocou um inverno atípico, com altas temperaturas em quase todas as regiões do país. No fim de setembro, algumas capitais chegaram a registrar máximas superiores a 40ºC.

No Hemisfério Norte, a combinação com outros fatores climáticos gerou ondas de calor extremo. Diversas cidades em países como Itália, Espanha e Grécia entraram em alerta por conta dos termômetros muito acima da média.

Nos Estados Unidos e no Canadá, milhões de hectares foram destruídos por incêndios florestais facilitados pelas temperaturas elevadas.

Impacto nos próximos meses

A partir da análise de padrões históricos e das atuais previsões a longo prazo, o novo relatório aponta que o El Niño deve diminuir significativamente durante a próxima primavera no Hemisfério Norte.

Mesmo com o arrefecimento do fenômeno, as últimas avaliações sugerem que há alta probabilidade de um aumento contínuo na temperatura do Oceano Pacífico Equatorial pelo menos até abril de 2024.

Além do impacto do El Niño na temperatura global, a agência da ONU também monitora outros fatores que podem contribuir para mudanças no sistema climático global.

A última "Atualização Climática Sazonal Global" da entidade prevê aumento nas temperaturas da superfície do mar em grande parte dos oceanos globais, além de termômetros acima do normal em quase todas as áreas terrestres.
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