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Notícias / Política

08/11/2023 às 14:01

TRÊS VOTARAM CONTRA

Deputados aprovam moção de repúdio contra União por usar o Enem para atacar o agro

Para Faissal, é inadmissível que pessoas se utilizem de órgãos públicos para difundir posicionamentos ideológicos e atacar um dos setores que mais produz e gera prosperidade para a nação

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Deputados aprovam moção de repúdio contra União por usar o Enem para atacar o agro

Foto: JL Siqueira / ALMT

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou uma moção de repúdio ao Governo Federal pela utilização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para atacar o agronegócio. A propositura, de autoria do deputado estadual Faissal Calil (Cidadania), foi aprovada durante a sessão ordinária desta quarta-feira (8) com três votos contrários.

Se posicionaram contra a medida os deputados estaduais Wilson Santos (PSD), Valdir Barranco (PT) e Lúdio Cabral (PT).
 
Para Faissal, é inadmissível que pessoas se utilizem de órgãos públicos para difundir posicionamentos ideológicos e atacar um dos setores que mais produz e gera prosperidade para a nação.
 
No entendimento do setor, o Enem aplicado no último domingo (6) atacou o agronegócio e teceu críticas ao capitalismo. Para o parlamentar, isso demonstra o “evidente desconhecimento técnico e despreparo dos entes envolvidos na elaboração da prova”.
 
O imbróglio envolvendo a prova do Enem se deve a algumas questões que trataram o agronegócio de forma “negativa”. Uma das questões, por exemplo, alertou para o “avanço da soja” na Amazônia, que seria responsável pelo desmatamento do bioma, e responsabilizou “grileiros, madeireiros e pecuaristas”. Conforme o gabarito extraoficial divulgado pelo MEC, a resposta que melhor explica o problema é a apropriação de terras devolutas, por esses agentes.
 
“Outra questão chega a ferir a Constituição Federal quando fala sobre a propriedade como um bem comum, o que vai contra o inciso XXII do Art. 5º da Constituição Federal”, completou o deputado.
 
Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), somente em Mato Grosso, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os produtores são responsáveis por preservar 43,6% do estado, que ainda detém 15,4% de seu território composto por terras indígenas e 5,5% por unidades de conservação, o que totaliza 64,5% do solo estadual preservado. Apenas 32,7% do solo de Mato Grosso é destinado ao uso agropecuário, sendo 19,8% para pastagens e 12,9% para agricultura.
 
“A prova do Enem foi utilizada para atacar o agronegócio e é a comprovação de que existe doutrinação nas escolas. Não podemos admitir que pessoas utilizem de órgãos públicos para difundir posições ideológicas e atacar um dos setores que mais produz e gera prosperidade à nação. Se o Brasil hoje é uma superpotência na produção de alimentos, é graças a ciência e principalmente a pesquisa. Atitudes como essa não podem mais acontecer e não acrescentam em nada ao desenvolvimento do nosso país”, afirmou.
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