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19/01/2024 às 14:01

IMPACTO DOS BLOQUEIOS

Relatório da CDL revela crise econômica em Chapada e comerciantes pedem socorro

A entidade cobra flexibilização das medidas adotadas na rodovia, a fim de restabelecer alguma normalidade para o comércio de bens e serviços

Da Redação - Renan Marcel/ Reportagem local - Jardel P. Arruda

Relatório da CDL revela crise econômica em Chapada e comerciantes pedem socorro

Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

Relatório elaborado pela Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) de Chapada dos Guimarães (60 km de Cuiabá) revela o impacto econômico causado nos diversos setores comerciais da cidade por conta dos bloqueios da MT-251, que liga o município à capital mato-grossense.

A entidade também cobra flexibilização das medidas adotadas na rodovia, a fim de restabelecer alguma normalidade para o comércio de bens e serviços. Entre as medidas está a abertura de uma linha de crédito emergencial com período mínimo de 12 meses de carência para socorrer as empresas na manutenção do seu fluxo de caixa nos próximos meses.

Conforme o documento, divulgado nesta sexta-feira (19) durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa, o setor de bares e restaurantes enfrenta uma queda de 60% nas vendas desde que a crise por conta das quedas de blocos de terra na região do Portão do Inferno começou, em dezembro do ano passado. Muitos estabelecimentos tiveram que demitir imediatamente alguns funcionários.

"Todos os setores econômicos estão afetados pela restrição ao trecho do Portão do Inferno, a cidade possui comércio com característica familiar, onde na maioria das vezes o próprio comerciante e sua família são os empregados do estabelecimento", pontua a entidade representativa.

"Nas maiores empresas foram registrados dispensa de funcionários temporários nas primeiras semanas de janeiro, porém a expectativa é que com o agravamento do cenário novos desligamentos serão mais profundos nas estruturas comerciais, pelo simples fato de não haver renda suficiente para manter equipes de trabalho completa".

No caso das pousadas, o número de reservas caiu 70% e mesmo com a proximidade do Carnaval, a procura é baixa em relação aos anos anteriores. Já as agências de turismo viram as vendas de pacotes e passeios caírem pela metade. E os guias turísticos ficaram  sem renda de forma imediata.

A construção civil relata uma perda de 26% nas vendas, além de registro de paralisações em obras que estavam em andamento na cidade, com demissões e cancelamentos de orçamentos. Além disso, o setor reclama do aumento do preço do frete, que acaba encarecendo os produtos ao consumidor final. Imobiliárias, lojas, supermercados e loja de produtos agrícolas também sofrem o impacto dos bloqueios na rodovia, sejam parciais ou totais.

"Os sinais mais preocupantes vieram dos setores da construção civil com a paralisação imediata de muitas obras e das imobiliárias que cessaram as vindas de novos clientes, indicadores que apontam para o aprofundamento da crise no médio e longo prazo", traz o documento.

"Setores ligados ao turismo apontaram dados alarmantes e preocupação imediata relacionada à segurança alimentar e nutricional dos proprietários dos pequenos negócios, uma vez que muitos não possuem nem quadros de funcionários e vivem com a renda do dia-a-dia gerada pelo empreendimento".

Apelo

Diante da crise, a CDL fez um apelo aos órgãos públicos envolvidos na busca por soluções para o Portão do Inferno. A ideia é amenizar o impacto econômico na cidade, flexibilizando as medidas de controle de fluxo de veículos na MT-251.

Confira:
  • Nova análise da gestão de risco com profissionais dos diversos órgãos responsáveis em Comissão Independente, para emissão de relatório confiável a comunidade;
     
  • Reconsiderar várias medidas que podem ter sido tomadas pela falta de conhecimento imediata, mas que não podem perdurar castigando a população por excesso de zelo;
     
  • Reanálise nas duras medidas de interdição após as chuvas, se há margem de meia pista para prevenção de possíveis quedas de bloco, que a libere em tempo mais ágil, mesmo que crie intermitência na passagem segura de um veículo por vez, mas que não cessem a passagem;
     
  • Liberação de veículos tipo camionete com mercadorias na caçamba com produtos de supermercado, caixas térmicas e materiais leves, não se justifica barrar até colchão, como tem ocorrido. Se a justificativa é peso, está faltando bom senso para não causar aborrecimento desnecessário;
     
  • Liberação do trecho para tráfego no período diurno, relocação das equipes de trabalho para o horário de menor uso da rodovia;
     
  • Liberação das duas pistas para uso aos finais de semana, uma vez que não há equipes de trabalho no local não se justifica manter meia pista com fita de isolamento, entendemos que a SINFRA irá fazer o monitoramento e estamos gratos por esse atendimento, mas que se necessário entrem em ação para interromper o trânsito quando da necessidade de atuar em situação de risco e não por simples excesso de cuidado desnecessário, que causam tremendo transtorno aos usuários da pista;
     
  • Linha de crédito emergencial com período mínimo de 12 meses de carência para socorrer as empresas na manutenção do seu fluxo de caixa nos próximos meses.
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