O Governo Federal deve oferecer linhas de créditos aos produtores rurais, a fim de amenizar os impactos que a estiagem vem causando em setores do agronegócio. A medida deve ser adotada de forma preventiva, a fim de fazer com que não haja inadimplência e recuperações judiciais.
O ministro da Agricultura e Abastecimento, senador Carlos Fávaro (PSD), afirma que está fazendo todo um levantamento sobre o atual cenário, levando em consideração a projeção de queda na safra, para que isso possa ser trabalhado.
“Eu conversei com o presidente Lula nesta semana, marcamos que eu possa levar a leve todo um cenário da agropecuária brasileira, em especial do Centro-Oeste, e aqui no Mato Grosso que tivemos uma seca sem precedentes, nunca tivemos uma seca como essa que quebrou muito a safra, e aliado aos preços das comodities que foram muito afetados”, disse o social-democrata em evento realizado no município de Sorriso na última sexta-feira (26).
Ele afirma que já deu uma prévia sobre o cenário ao chefe da Republica, mas deve voltar a tratar do assunto com ele nos próximos dias.
“Expliquei um pouco desse cenário ao presidente, ele me pediu para levar a ele algumas propostas, para que com a experiencia adquirida a gente possa agir preventivamente, antes de inadimplência, antes de começar uma onda de recuperações judiciais”, completou, lembrando da medida provisória utilizada no ano de 2008, a qual “salvou” produtores que tinham endividamento.
Antes disso, Fávaro afirma que irá se reunir com o ministro da Fazenda Fernando Haddad para ver a viabilidade das linhas de crédito.
Cenário de Mato Grosso
Conforme pesquisa realizada pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), a safra de soja 2023/24 deve quebrar em 21.
O levantamento aponta que a produção nessa safra deve ser de 35,75 milhões de toneladas, uma redução de 9,56 milhões de toneladas em relação à safra 2022/23, quando os sojicultores colheram 45,31 milhões de toneladas.