A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Cocalinho, deflagrou na manhã deste sábado (24) a Operação Tribunal Paralelo para cumprir 10 ordens judiciais contra investigados pelo homicídio de uma jovem, em fevereiro deste ano.
São cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, quatro de prisões temporárias e um mandado de internação provisória de uma adolescente.
Vitória Régia Pereira de Santana, de 21 anos, foi executada com três disparos de arma de fogo no dia 08 de fevereiro, no bairro Alto Cocalinho.
Duas semanas antes de ser morta, Vitória havia procurou a Delegacia de Cocalinho uscando auxílio, pois já tinha sofrido diversos castigos físicos (salves) de integrantes de uma facção criminosa na cidade. Cansada das lesões sofridas e com a morte ‘decretada’ pelo grupo criminoso, Vitória resolveu relatar na delegacia quem seriam os responsáveis pelos castigos e por sua execução.
Diante da gravidade do caso e ciente de que as ameaças iriam se concretizar, a equipe policial encaminhou a vítima para exames. Na sequência, com apoio da área de assistência social do município, foi obtida uma passagem para retirar a vítima da cidade e Vitória foi embarcada em ônibus para outro município.
No dia 08 de fevereiro, a Polícia Civil foi comunicada sobre a execução da jovem. Por ser usuária de entorpecente, ela foi atraída para fazer consumo da substância e no local foi executada.
Com todas essas informações colhidas, o delegado Valmon Pereira da Silva representou pelas expedições das ordens judiciais, sendo deferidas pelo juízo da Comarca de Água Boa.
O grupo investigado responderá pelos delitos de homicídio qualificado, tortura, corrupção de menores e por integrarem organização criminosa.
A Delegacia de Cocalinho apura outras mortes e desaparecimentos de pessoas no município, como o de Diogo Rosendo de Souza, que foi visto com parte dos criminosos investigados em 11 de novembro do ano passado e depois disso, não retornou mais para casa.
As informações reunidas nas investigações apontam que ele foi confundido com integrante de uma facção rival, assassinado e teve o corpo foi ocultado. Nesse caso, três pessoas já foram presas temporariamente e diligências são realizadas para a localização dos restos mortais da vítima.
Nome da operação
Os integrantes da facção executam possíveis rivais sem qualquer justificativa e aplicam a disciplina (salves) em componentes ou simpatizantes do grupo e, em últimos casos, executam as vítimas.
Da assessoria PJC-MT