Cuiabá, segunda-feira, 29/04/2024
17:43:17
informe o texto

Notícias / Geral

11/04/2024 às 10:52

OPERAÇÃO APITO FINAL

Organização criminosa determinou ‘salve’ contra casal que denunciou pontos de vendas de drogas em Várzea Grande

Conduta violenta da organização foi destacada pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Capital ao determinar ordens de prisão

Leiagora

Organização criminosa determinou ‘salve’ contra casal que denunciou pontos de vendas de drogas em Várzea Grande

GCCO conduziu as investigações por dois anos, resultando em 54 ordens judiciais contra o grupo criminoso Crédito

Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT

A conduta violenta e criminosa envolvendo pessoas do círculo de Paulo Witer Farias Paelo, o WT, foi destacada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, durante as investigações no âmbito da Operação Apito Final. 

Ao analisar as informações do celular de Fagner Farias Paelo, irmão de WT, a Polícia Civil encontrou imagens e troca de mensagens relativas à prática conhecida como “salve”, isto é, castigos da facção criminosa a qual os irmãos Paelo fazem parte. 

Entre as mensagens de Fagner, foi encontrada a foto da mulher marcada um X e com as iniciais da facção. Também foi localizado um vídeo da vítima sendo agredida fisicamente. 

De acordo com as investigações, a atuação violenta e os decretos de morte àqueles que delatam as atividades criminosas também são tratados em um grupo de mensagens denominado Amigos da Bola, que conta com a participação de Paulo Witer e seu irmão, Fagner.

Entre as mensagens, um suspeito que se identificou como “João”, ocupante da função de “disciplina” do Bairro Cohab Primavera, em Várzea Grande, informou ao “Conselho Final” da facção sobre um casal que estaria denunciando os pontos de vendas de drogas do bairro. 

O criminoso afirmou que a organização perdeu diversos produtos e que vários membros foram presos em razão das denúncias. Ao final, pediu que os membros do Conselho “decretassem” o casal para que um castigo pudesse ser aplicado. 
 
A conduta violenta da organização e dos associados de Paulo Witer foi frisada, também, pela juíza Helícia Vitti Lourenço, do Núcleo de Inquéritos Policiais da Capital, ao acatar pedido da Polícia Civil e expedir as ordens de prisão da Operação Apito Final. 

“Não há como desconsiderar que a medida cautelar extrema demonstra-se necessária, também, para resguardar a  vida e a integridade física de testemunhas que desejarem colaborar com as investigações e com a Justiça, sendo, portanto, imprescindível por  conveniência da instrução criminal que todos aqueles identificados como membros integrantes desta organização, voltada à lavagem de dinheiro e prática de outros crimes, tenham suas liberdades temporariamente restringidas, para que sejam imediatamente retirados do convívio social ao menos até que seja desmantelada essa estrutura criminosa”, apontou. 

Na Operação Apito Final, deflagrada no dia 2 de abril para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de bens criado por integrantes de uma organização criminosa, em Cuiabá, foram deferidas 54 ordens judiciais, que resultaram na prisão de 20 alvos, entre eles o líder do grupo, identificado como tesoureiro da facção, Paulo Witer. As investigações foram conduzidas pelos delegados Gustavo Belão, Rafael Scatolon e Frederico Murta, ao longo de dois anos. Apenas no período apurado, a movimentação do grupo criminoso alcançou, pelo menos, R$ 65,9 milhões.

 
Secom-MT
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet