Após operações como a “Apito Final” e “W.O.”, que culminaram com a prisão de um dos tesoureiros do Comando Vermelho em Mato Grosso e seus comparsas, o secretário de Estado de Segurança Pública, César Roveri, garantiu que novas ações integradas das forças de segurança terão como objetivo minar o poderio econômico das facções criminosas no estado.
“Nós temos um trabalho já desenvolvido desde o início de 2023. É um trabalho de investigação profunda. Isso tá dando um resultado maior agora em 2024, porque são investigações que elas precisam ter robustez, elas precisam ter provas suficientes para que a Justiça assim conceda os mandados de prisão de busca e apreensão. E o principal da nossa estratégia, que é o sequestro de bens e atacar o patrimônio das organizações criminosas”, disse Roveri.
A declaração foi dada na tarde de segunda-feira, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), logo após a primeira reunião do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), que reúne diversas instituições sob coordenação da Justiça Eleitoral com objetivo de garantir a segurança das eleições de 2024.
Além da logística para enfrentar as proporções continentais de Mato Grosso, principalmente em aldeias indígenas de difícil acesso, uma das preocupações das instituições é impedir o avanço do crime organizado sobre as instituições democráticas a partir das eleições.
Roveri garantiu que as forças de segurança do Estado tem atuado nesse sentido e, de maneira geral, aumentando o ritmo de operações contra o crime organizado, a partir do avanço das investigações iniciadas em 2023.
De acordo com informações da Sesp, as forças estaduais de segurança realizaram 94 operações integradas em 2022. Em 2023, o número de operações foi para 130. Já entre janeiro e abril de 2024, foram realizadas 100 operações integradas. Esta semana, por exemplo, estão em andamento 17 operações em diferentes regiões de Mato Grosso.