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03/07/2018 às 08:00

Crônicas do Cotidiano - ENQUANTO ISSO, FORA DA BOLHA DA COPA...

Gabriel Oliveira

Sim, prezado leitor e atenta leitora, o mundo continua girando para além das quatro linhas que demarcam os limites dos campos de futebol da Copa da Rússia... Nos últimos dias, tivemos episódios como a libertação de figuras condenadas por corrupção e que estavam cumprindo pena. O petista José Dirceu, o progressista João Claudio Genu e Mylton Lira, ligado a senadores do MDB. O ex-deputado Eduardo Cunha recebeu ?habeas corpus? de um processo a que ele responde em Natal. Não está solto, pois há ainda três mandados de prisão contra ele. Uma ação judicial contra o deputado estadual paulista tucano Fernando Capez foi suspensa, no caso que ficou conhecido como a ?máfia da merenda?, com fortes indícios de recebimento de propina para favorecer uma empresa de sucos junto ao governo daquele Estado. Denúncia da Procuradoria-Geral da União contra o deputado federal goiano Thiago Peixoto, do PSD, foi rejeitada. Peixoto fora acusado de fraude em sua declaração de campanha eleitoral. Um tema fundamental para o cotidiano mato-grossense é a proposta de revisão da lei dos agrotóxicos, que inclusive passarão a se chamar oficialmente de agroquímicos, caso o projeto de lei aprovado na comissão especial seja efetivamente implementado. Esse ponto merece um texto neste espaço exclusivamente dedicado a ele nas próximas semanas. Isso acima só mostra que, fora da bolha da Copa, o mundo continua girando, e decisões cruciais para todos nós estão sendo tomadas. Enquanto boa parte da torcida está focada em discutir a queda de grandes seleções favoritas ao Mundial da Rússia, as classificações do Brasil para as oitavas-de-final e, ainda ontem, para as quartas-de-final do torneio, em fazer ilações sobre o futuro dos times precocemente eliminados, enfim, sobre o sexo futebolístico dos anjos, alguns dados assustam! Pesquisas de intenção de voto mostram que um-terço das pessoas perguntadas pretendem votar em branco ou nulo nas eleições presidenciais de daqui a três meses, dependendo dos candidatos. Ou seja, paralelo à campanha ?O Brasil que eu quero?, implantada pela Rede Globo para que as pessoas demonstrem seus anseios de país para o futuro ? em que pesem as críticas à campanha ?, boa parte da população em cujas mãos esse futuro está parece não se interessar em construir esse tal Brasil que todos parecem querer. Votar em branco ou nulo é abrir mão de escolher quem ocupará o poder estabelecido, concedendo esse papel a quem efetivamente vota em candidato. É deixar que outros decidam por você. Sim, abster-se dessa escolha é, em si, uma posição política, que pode ser lida como descrédito quanto ao sistema que aí está. E sabemos como é difícil acreditar nesse sistema político. Mas, ao contrário do bordão de um famoso deputado federal eleito (e reeleito) ? ?Vote em Tiririca, pior do que tá não fica!?, é sempre possível cavar mais fundo, tirar mais areia de dentro do buraco. E, desde a última eleição presidencial, ficou pior. Bem pior. Esta coluna não é contra a Copa do Mundo. Esta coluna torce pelo Brasil na Copa. E na política. Na economia. Na educação. Na saúde. Na segurança. No transporte. Na moradia. Na democracia. No respeito ao cidadão. Na garantia do bem-estar social, papel do Estado.
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