08/07/2018 às 16:00
Redação Leiagora
Uma pesquisa feita no Canadá mostrou que crianças que conviveram com animais de estimação nos primeiros anos de vida têm menos tendência a serem obesas. Isso porque conviver com animais peludos muda a microbiota intestinal das crianças, aumentando o número de bactérias do gênero Ruminococcus, associadas ao risco reduzido de obesidade. Além disso, os pesquisadores também identificaram um aumento na quantidade de bactérias do gênero Oscillospira, associada a resistência a doenças alérgicas.
Os pesquisadores selecionaram 746 bebês canadenses, que nasceram entre 2009 e 2012 e já participam de um estudo a longo prazo sobre saúde infantil no país. As mães responderam um questionário informando se haviam pets na casa durante o segundo e terceiro trimestre da gravidez e nos três primeiros meses do pós-parto. Para avaliar a microbiota do intestino dos bebês, foram coletadas amostras de fezes das crianças com mais ou menos 3 anos de idade.
De todos os bebês que participaram da pesquisa, mais da metade foram expostos a pelo menos um animal peludo (gato ou cachorro, por exemplo). Aqueles que tiveram esse tipo de contato apresentaram uma microbiota intestinal diferente, na qual havia o dobro de bactérias que ajudam a prevenir alergias e obesidade. Os pesquisadores também levaram em conta outros fatores que influenciam no resultado como a utilização de antibióticos e o tipo de parto, e acabaram constatando que a exposição aos animais realmente faz diferença em todos esses casos.
O que os cientistas especulam que as crianças são expostas quando entram em contato com a sujeira que está nas patas e nos pelos dos bichinhos, ajudando a fortalecer a imunidade.
Imagem destacada por Dean Wissing/ Wikimedia Commons.
Por Bárbara Muller.
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