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18/07/2018 às 12:29

CNPE cria grupo de trabalho para avaliar a viabilidade da usina Angra 3

Redação Leiagora

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) criou um grupo de trabalho para estudar a viabilidade da construção da Usina Nuclear Angra 3. A resolução, de junho deste ano, foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (18) após aprovação do Governo Federal. O grupo irá analisar a viabilidade do empreendimento, e poderá também sugerir medidas que o tornem viável. Os trabalhos devem ser concluídos em 60 dias.

Angra 3 seria a terceira usina da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto. Sua construção foi iniciada e paralisada na década de 1980. Em 2009 as obras foram retomadas e paralisadas novamente em 2015 por suspeita de corrupção. De acordo com o site da Eletronuclear, cerca de 67,1% da obras civis da Usina foram concluídas. Até setembro de 2015 o empreendimento havia recebido R$ 5,3 bilhões dos R$ 14,8 bilhões a serem investidos (cálculo feito em junho de 2014). No momento, a estatal Eletronuclear, controlada pela Eletrobrás, não tem a verba para concluir o projeto, por isso a necessidade de um grupo que analise a viabilidade do mesmo.

Participarão do grupo de trabalhos representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), do Ministério da Fazenda; do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, da Secretaria Especial do Programa de Parceria de Investimentos da Presidência da República, da Eletrobrás, da Eletronuclear, e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A Assessoria Especial de Assuntos Econômicos do MME será a responsável por coordenar as atividades.

De onde vem a verba para a Usina?

Segundo a Eletronuclear, estatal especializada em energia nuclear, as custos da construção serão arcados por sua controladora Eletrobrás. Já os equipamentos e serviços nacionais foram custeados com empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os importados foram pagos com recursos emprestados da Caixa Econômica Federal.

Capacidade de geração de energia

Caso seja concluída, Angra 3 terá a potência de 1.405 megawatts, sendo capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano. Com ela em operação, metade da energia consumida no Estado do Rio de Janeiro será produzida em usinas nucleares. A usina ocupará cerca de 82.000 m² e o material usado em sua construção inclui  200.000 m3 de concreto e 30.800 toneladas de aço.

Energia nuclear é segura?

Especialistas concordam que, caso sejam respeitadas todas as normas de segurança, a produção de energia nuclear é segura, podendo até ser considerada ?limpa? já que não emite gases estufa. Os procedimentos de segurança incluem várias barreiras de segurança, com procedimentos que acompanham todos os setores de produção da energia, inclusive o descarte adequado do lixo nuclear.

 

Imagem destacada: Vista da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Brasil. Por Rodrigo Soldon/ Wikimedia Commons.

Por Bárbara Muller.  
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